Apresentação

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Banco é condenado a pagar cheque sem fundo emitido por seu cliente

IMPRUDÊNCIA FINANCEIRA

Banco é condenado a pagar cheque sem fundo emitido por seu cliente

Os bancos são responsáveis por ressarcir cheques sem fundos de seus clientes. O entendimento é do juiz Paulo da Silva Filho, da 2ª Vara Cível da Comarca de Laguna (SC), e foi concedido com base nas cópias das ordens de pagamento.
No caso, o autor da ação, representado pelo advogado Matheus Carpes Lameira, do escritório Furtado de Melo & Carpes Lameira Assessoria e Consultoria Jurídica, processou o banco porque um dos clientes da instituição pagou com cheque sem ter saldo para cobrir o valor.
O juiz de primeiro grau afirmou que o banco possui responsabilidade civil sobre o ato e que a situação deve ser analisada sob os códigos Civil e de Defesa do Consumidor. Em seu argumento, ele citou o artigo 186 do Código Civil. O dispositivo delimita que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Sobre o Código de Defesa do Consumidor, o juiz da Comarca de Laguna citou os artigos 14  e 17. Segundo ele, os dispositivos estipulam que o fornecedor de serviços é responsável por reparar os danos causados por defeitos ou falta de informações sobre riscos nos serviços prestados e considera como consumidores as vítimas do ocorrido.
Ao delimitar a responsabilidade civil do banco, o julgador citou um caso julgado pela 2ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (Apelação Cível 2014.067515-4).
Neste processo, o relator, desembargador Gilberto Gomes de Oliveira afirmou que “à ótica da responsabilidade civil objetiva, não pairam dúvidas que a devolução de cheques sem provisão de fundos [...] decorre da falha da prestação do serviço das instituições financeiras, pois os correntistas somente podem fazer uso desse título de crédito após autorizados por seu banco, que, antes, deve fazer cumprir todas as normas regulamentares relativas à conta-corrente”.
Ao decidir pela condenação do banco, o juiz de primeiro grau definiu que a instituição deverá pagar indenização de R$ 1.309,54 por danos materiais.
No julgamento da AC 2014.067515-4, o desembargador também criticou a postura dos bancos em relação ao fornecimento desmedido de crédito sem antes verificar se o cliente possui garantias para compensá-lo. O argumento de Gilberto Gomes de Oliveira foi replicado integralmente na decisão do juiz da Comarca de Laguna. Confira abaixo:
“Os bancos têm adotado, historicamente, uma postura de tranquila omissão no que se refere a melhor averiguar as condições de seus clientes no que diz respeito ao fornecimento de talonário de cheques. Esta omissão tem causado inúmeros prejuízos aos particulares, aos comerciantes e à economia em geral, na exata medida em que milhares de cheques sem suficiente provisão de fundos são, diuturnamente, emitidos por pessoas inescrupulosas que, de posse deste poderoso instrumento de crédito, fraudam a boa-fé daqueles com os quais transacionam. É de notória sabença que os bancos, na ânsia de obterem novos clientes e mais lucros, abrem novas contas sem se aterem ao mínimo de cautela exigida para a movimentação regular de contas correntes”.
Clique aqui para ler a decisão.
Processo 0007075-10.2012.8.24.0040
 é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 3 de julho de 2015, 12h00

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Justiça Federal manda prender ex-diretor da Petrobras na operação "lava jato"

Justiça Federal manda prender ex-diretor da Petrobras na operação "lava jato"


A Justiça Federal do Paraná mandou prender o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada em sua casa, no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (2/7). Ele é suspeito de envolvimento em crimes de corrupção, desvio de verbas públicas, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A prisão é preventiva, sem prazo de duração.
Segundo o Ministério Público Federal, a operação "lava jato", que investiga fraudes na Petrobras, está agora focada no recebimento de vantagens ilícitas pela diretoria da estatal. A nova fase foi apelidada de Mônaco.
Zelada será levado inicialmente para a carceragem da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, e seguirá para a Superintendência da PF em Curitiba (PR), onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.
De acordo com o Ministério Público Federal, diversos delatores mencionaram que Zelada recebeu propina. Há indicação também de um relatório de auditoria da Petrobras que menciona a responsabilidade dele pelas irregularidades verificadas na contratação do navio sonda da empresa Vantage. O ex-diretor também é acusado de receber valores ilícitos por este contrato.
O MPF ainda alega que obteve documentação de Mônaco que aponta que Zelada manteve aproximadamente 11 milhões de euros ocultos nesse país, havendo suspeitas de que a totalidade dos recursos é proveniente de propinas recebidas em razão do cargo exercido na Petrobras. Esse valor está bloqueado a pedido dos procuradores da força-tarefa. E os promotores relatam que, depois da deflagração da “lava jato”, Zelada transferiu recursos que estavam ocultos na Suíça para Mônaco com a finalidade de evitar o bloqueio desses valores. Segundo eles, isso demonstraria o propósito dele de continuar a ocultar o produto de seus crimes e dificultar a investigação.
No Rio, policiais federais cumprem quatro mandados de busca e apreensão — três na capital e um em Niterói, no Grande Rio —, além de um mandado de prisão preventiva também na capital, todos ordenados pela Justiça Federal do Paraná. Com informações da Agência Brasil e da Assessoria de Imprensa do MPF.
Revista Consultor Jurídico, 2 de julho de 2015, 10h27

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (2/7), a 15ª Fase da operação "lava jato", que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Nesta fase foi preso o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada. Além da prisão, os policiais federais cumprem quatro mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Niterói. O foco das investigações é o recebimento de vantagens ilícitas no âmbito da Diretoria Internacional da Petrobras. As informações são do portal Terra.

Profusão de delações
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, comentou a profusão de delações premiadas na "lava jato". Ele considerou que o país vive um momento "alvissareiro" em que as coisas "já não são varridas para baixo do tapete", mas afirmou que nunca viu "tanta delação" ser feita. "Devo admitir que eu nunca vi tanta delação. Que elas, todas elas, tenham sido espontâneas", concluiu o ministro, sugerindo esperar que nenhum dos acordos tenha sido firmado por pressão dos investigadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Medo do processo
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos negociados das delações premiadas na "lava jato", afirmou que a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, desmonta a tese de advogados de que prisões preventivas viraram instrumento de coação. "É absolutamente inverídico. Dois terços das delações feitas foram de pessoas sem foro, que não estavam presas. Seria o caso da delação do Ricardo Pessoa, por exemplo, que se deu no STF. As pessoas optam por colaborar muito mais medo do processo e da prisão no futuro do que pelo encarceramento preventivo", afirma.

Propina na Petrobras
Em seu primeiro depoimento formal na Justiça Federal, o ex-gerente-executivo de Serviços e Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco, confirmou que todos os contratos da estatal em sua área geravam pagamento de propinas “de forma quase endêmica”. As empreiteiras que obtinham obras na estatal pagavam 2% de propina sobre cada contrato, dos quais 1% ia para a diretoria de Serviços e 1% para a de Abastecimento. As informações são do jornal O Globo.

Ação nos EUA
O acionista americano da Braskem Douglas Peters entrou nesta quarta-feira (1/7) com uma ação na Corte de Nova York contra a Braskem, alegando que supostos “atos incorretos e omissões” da empresa fizeram com que as ADRs da companhia fossem negociadas com preços inflados artificialmente entre 1° de junho de 2010 e 11 de março de 2015. Segundo o texto do processo, a Braskem teria registrado comunicados e documentos “falsos e enganosos” na SEC, a CVM americana, e depois foi envolvida na "lava jato". “Após essa notícia, as ADRs da Braskem caíram mais de 20%, ou US$ 1,80 por ADR, em 11 de março de 2015. Na realidade, a Braskem pagou propina para comprar matéria-prima mais barata da Petrobras entre 2006 e 2012”, diz a ação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cassação de Dilma
O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da operação "lava jato" em Curitiba, afirmou em despacho enviado ao Tribunal Superior Eleitoral que o depoimento do dono da UTC, Ricardo Pessoa, na ação que pede a cassação do registro da presidente Dilma Rousseff depende de autorização do Supremo Tribunal FederalCom as notícias divulgadas de que Pessoa teria doado recursos para a campanha de Dilma, o PSDB pediu que o empresário seja ouvido como testemunha no processo. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral e relator da ação, João Otávio de Noronha, concordou com o pedido e marcou a audiência para o dia 14 de julho, em São Paulo. As informações são do jornal Valor Econômico.

Planos econômicos
Mais novo integrante do Supremo Tribunal Federa, o ministro Luiz Edson Fachin disse nesta quarta-feira (1/7) que decidirá "até meados de agosto" se participará do julgamento dos planos econômicos, um dos principais casos em discussão no tribunal e com impacto potencial bilionário para os bancos brasileiros. Caso o ministro resolva não deliberar esse caso, não haverá quorum no Supremo para uma definição sobre a ação, que exige no mínimo oito ministros para ser apreciada. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Iluminação pública
A Justiça Federal tirou da prefeitura de Birigui (SP) a obrigatoriedade da manutenção da rede pública de iluminação. A determinação estabelece que a CPFL reassuma imediatamente os serviços de manutenção. Desde janeiro, serviços como trocar uma lâmpada era tarefa das prefeituras e não mais das concessionárias de energia. Na ação a prefeitura alegou que a CPFL não teria entregue ao município a iluminação em perfeito estado como era determinado pela resolução. Por isso a Justiça Federal acatou o pedido da prefeitura de Birigui e determinou que a companhia reassuma os serviços. As informações são do portal G1.

Reajuste dos servidores
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio lamentou a aprovação do reajuste "no pico de uma crise econômico financeira", mas ressaltou que os servidores não podem servir de "bode expiatório". Marco Aurélio defendeu um consenso entre os poderes em torno do reajuste. Para o ministro, "é preciso deixar que as instituições funcionem." Já o ministro Luiz Edson Fachin afirmou que "o momento é de mais cautela e obviamente de contenção". Segundo ele, é preciso que haja de todos os segmentos neste momento uma compreensão da situação em que as receitas públicas e os cofres estão. "De modo que é preciso ir devagar com esse andor para não se quebrar no meio do caminho." As informações são do jornalValor Econômico.

Estatuto do desarmamento
O projeto que quer revogar o Estatuto do Desarmamento e facilitar o porte de armas volta nesta quinta-feira (2/7) à pauta da Câmara dos Deputados. Pedidos para a realização de audiências públicas sobre a proposta serão analisados em uma comissão. Um deles, de Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), prevê um seminário em São Paulo. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Política antidrogas
Às vésperas do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização das drogas, um grupo de representantes dos ministérios da Saúde e Justiça, além de cientistas e juristas, criticaram duramente o tratamento que se dá hoje no combate aos entorpecentes no Brasil. Reunidos num fórum que segue até amanhã no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, adjetivos como “estigmatizante”, “preconceituosa” e de expressões como “descolada da realidade” foram ouvidas repetidamente em referência à política atual. As informações são do jornal O Globo.

Negociação de dívidas
O governo do Rio de Janeiro poderá negociar com instituições financeiras, no mercado de capitais, impostos devidos ao Estado. Na terça-feira (30/6), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou um projeto de lei que permite ao governo emitir debêntures, cuja garantia será o fluxo de quitação da dívida ativa do Estado. Com a medida, o governo estima arrecadar R$ 4,5 bilhões nos próximos dois anos. Advogados afirmam que a nova ferramenta é legal e constitucional. As informações são do jornal Valor Econômico.

Cobrança suspensa
As empresas  Light, Light Esco Prestação de Serviços e Itacoara Energia conseguiram liminar na terça-feira (30/6) na Justiça Federal do Rio de Janeiro para suspender o pagamento de PIS e Cofins sobre receitas financeiras. A cobrança, em vigor desde ontem, foi instituída pelo Decreto 8.426, de 2015, que fixou em 4% a alíquota da Cofins e em 0,65% a do PIS. Desde 2004, a alíquota prevista para esse tipo de receita era zero. Essa é a primeira liminar que se tem notícia pela qual obteve-se a suspensão da cobrança. Recentemente, uma industria de tecnologia conseguiu medida liminar na 12ª Vara de São Paulo para efetuar o depósito judicial dos valores correspondentes às contribuições. As informações são do jornal Valor Econômico.

Fim dos lixões
O Senado aprovou um projeto que prorroga até julho de 2018 o prazo para que capitais de Estados acabem com seus lixões. A proposta vai para a Câmara dos Deputados. O prazo previsto na Lei 12.305/2010 determinava que os lixões seriam todos fechados no país até o dia 3 de agosto de 2014. Contudo, o prazo encerrou-se e uma subcomissão temporária do Senado propôs a extensão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fraude em contratação
A Polícia Federal investiga um esquema de fraude em contratação de empresa envolvendo a Receita Federal e a Casa da Moeda em que cerca de R$ 100 milhões podem ter sido pagos em propina para servidores dos órgãos. A investigação se refere ao Sistema de Controle da Produção de Bebidas (Sicobe). Trata-se da instalação, nas linhas de produção de bebidas frias, de equipamentos contadores de produção, registro e transmissão à Receita, para fins de tributação. Nesta quarta-feira (1/7) foram cumpridos  23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, em dependências da Receita e da Casa da Moeda, em residências, escritórios e na sede da empresa SICPA Brasil Indústria de Tintas e Sistemas. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Lei antiterrorismo
No mesmo dia em que jihadistas ligados ao Estado Islâmico (EI) realizaram ataques coordenados na Península do Sinai, Norte do Egito, em um dos maiores atentados da História do país, as autoridades egípcias aprovaram um projeto de lei antiterrorismo para tentar conter os extremistas. A medida, chamada “Entidades Terroristas”, permite às autoridades agirem contra qualquer indivíduo ou grupo considerado ameaça à segurança nacional, e vem ainda na esteira do atentado que matou na segunda-feira (29/6) o procurador-geral Hisham Barakat, conhecido pela atuação contra a Irmandade Muçulmana. As informações são do jornal O Globo.

Crise na Argentina
Mais uma crise entre o poder Judiciário e o Executivo se abriu na Argentina após aliados do governo Cristina Kirchner afastaram do cargo o juiz substituto Luis María Cabral, que analisava questões sensíveis à presidente. Entre elas, estava o acordo com o Irã, de 2011, para interrogar suspeitos do atentado à organização judaica Amia em Buenos Aires, em 1994. Esse pacto foi alvo de investigação do promotor Alberto Nisman, achado morto em janeiro em um caso sem explicação. Ele suspeitava que o acordo escondesse interesses econômicos em troca de um suposto relaxamento na captura dos suspeitos. Cabral foi afastado sob alegação de que estava havia muito tempo no cargo como juiz substituto (desde 2011). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Recursos da Cultura
O ator e diretor Guilherme Fontes se livrou da obrigação de ressarcir R$ 4,6 milhões aos cofres públicos — valor que ainda precisaria de atualização monetária — e de pagar uma multa de R$ 250 mil por conta da produção do documentário “500 anos de História do Brasil”, feita com recursos do Ministério da Cultura. O Tribunal de Contas da União (TCU), em decisões de 2006 e 2012, havia condenado o ator. Porém, nesta quarta-feira (1/7), o TCU concordou com um recurso do ator, concluiu que a obra audiovisual foi executada e anulou a penalidade aplicada. Fontes, porém, continua obrigado a ressarcir o Erário por conta dos recursos públicos usados no filme “Chatô — O Rei do Brasil”, que começou a ser produzido em 1994 e que até agora não foi lançado. As informações são do jornal O Globo.

Estatuto da família
A Câmara do Distrito Federal aprovou versão local do polêmico Estatuto da Família. Assim como a proposta de alcance nacional, que está em discussão na Câmara dos Deputados, o texto aprovado define como família a entidade social formada por um homem e uma mulher ou por uma comunidade integrada por um dos pais e seus dependentes. O texto deixa de lado qualquer previsão para casais formados por pessoas do mesmo sexo. O texto vai à sanção do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Progressão de regime
Suzane von Richthofen, que abriu mão do benefício da progressão de regime para o semiaberto em agosto passado, mudou de ideia. Na ocasião, ela, presa na Penitenciária Feminina de Tremembé, temia por sua segurança numa possível transferência de presídio. A mudança de ideia aconteceu, segundo o defensor público Rui Freire, porque foi inaugurado um novo pavilhão na Penitenciária Feminina para atender internas do regime semiaberto em abril. Com isso, Suzane não precisaria ser transferida para outra unidade prisional. As informações são do jornal O Globo.

Sem férias
A 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro condenou uma empresa a pagar indenização por danos morais a um ex-empregado que ficou sem tirar férias de 2008 a 2011. O ex-empregado deve receber R$ 2 mil. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Maquiagem de produto
As empresas Unilever, PepsiCo e Nestlé vão responder a processos administrativos instaurados pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, por terem reduzido a quantidade de diversos produtos sem informar ao consumidor sobre a mudança. A Portaria 81 do Ministério da Justiça, em vigor desde 2002, determina que alterações de quantidade devem ser comunicadas na embalagem durante três meses. Do contrário, fica caracterizada maquiagem de produto, o que é ilegal. As informações são do jornal O Globo.

Precificação de livros
Um Tribunal Federal de Apelação nos Estados Unidos acolheu uma decisão judicial que aponta a Apple como líder de uma conspiração envolvendo editoras de livros com o objetivo de elevar os preços de livros digitais, os e-books. Por dois votos contra um, o tribunal da segunda circunscrição concordou com decisão do tribunal distrital de Manhattan, publicada em 2013. "Concluímos que a decisão do tribunal distrital de que a Apple orquestrou um esquema horizontal entre as editoras rés para aumentar preços de e-books é amplamente apoiada e bem fundamentada, e que o acordo restringe o mercado", escreveu a corte de apelações na sua decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OPINIÃO
Além da conta
Aumentos salariais e distribuição de benefícios no Poder Judiciário não combinam com as carências e as necessidades do país, afirma o jornal Folha de S.Paulo ao criticar o aumento aprovado para os servidores do Judiciário. Em editorial, o jornal critica também a resolução do Conselho da Justiça Federal que generalizou o pagamento de um bônus de até um terço dos vencimentos a todos os magistrados federais que recebam mais de mil processos novos por ano ou acumulem funções. "A pretexto de tornar as varas com grande número de ações mais atrativas, o adicional foi banalizado", diz o jornal.
Revista Consultor Jurídico, 2 de julho de 2015, 11h00

terça-feira, 30 de junho de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta terça-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta terça-feira

A defesa do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino de Alencar entrou com um pedido de liberdade em que ataca o juiz federal Sergio Moro. Na peça, os advogados dizem que Moro mudou a prisão de Alexandrino de temporária a preventiva depois que o executivo e o grupo "adotaram postura abominada pelas autoridades que conduzem a 'lava jato': defender sua inocência, não colaborar com a acusação e, no caso da empresa, contestar publicamente a legalidade dos atos judiciais". A defesa, coordenada pela advogada Dora Cavalcanti, diz que a prisão é usada para forçar um acordo de delação premiada, visão contestada pelo juiz e procuradores. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Denúncias separadas
E-mails obtidos pela Polícia Federal em computadores do diretor da Odebrecht Rogério Araújo integram as provas que vão embasar a acusação dos dirigentes do grupo. Eles serão denunciados pelo Ministério Público como protagonistas da "prática sistemática de crimes" de cartel, fraude a licitações, organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, identificados pela "lava jato" em contratos com a Petrobras. Os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, serão formalmente acusados em denúncias separadas. Um dos conceitos-chave adotados pela acusação sustenta que é autor, e não mero partícipe, quem, mesmo não tendo praticado diretamente a infração penal, decidiu e ordenou sua prática a subordinados. As informações são do jornalValor Econômico.

Novas petições
O Supremo Tribunal Federal recebeu 30 petições que estão tramitando com o mais alto grau de sigilo. Os pedidos foram enviados pela Procuradoria-Geral da República na semana passada, e tratam dos políticos citados na delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Cada uma das petições ocultas se refere a situações que ainda precisam ser investigadas. Nesta segunda-feira (29/6), mais um investigado pela "lava jato", Milton Pascowitch, que atuava como operador da empreiteira Engevix e pagou parte de imóvel do ex-ministro José Dirceu, fechou acordo de delação premiada. As informações são do jornal O Globo.

Prazo prorrogado
O ministro Teori Zavascki, relator da "lava jato" no Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda-feira, (29/6), a prorrogação de mais dois inquéritos que apuram o envolvimento de políticos no esquema de corrupção da Petrobras. No total, existem até o momento autorizações do ministro para que os investigadores continuem o trabalho em 21 dos 25 inquéritos que tramitam perante o Supremo. Zavascki autorizou que sejam feitas diligências até o dia 31 de agosto na maior parte dos casos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Processo antigo
A Procuradoria-Geral da República pediu ao STF acesso ao inquérito contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre sonegação fiscal no período em que ele presidia a Cehab (companhia de habitação do Rio) em 1999 e 2000. Os procuradores buscam neste antigo inquérito eventuais provas que possam servir nas investigações contra Cunha na "lava jato". O processo já foi enviado pelo Supremo à Procuradoria. O presidente da Câmara disse estranhar a solicitação após 11 anos: "Parece mais uma etapa de perseguição'', disse. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Operação zelotes
A operação zelotes, que investiga um esquema de corrupção nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), fechou o cerco em 20 processos. Nesses casos, os investigadores encontraram indícios mais contundentes de que houve pagamento para que conselheiros interferissem nos processos de acordo com os interesses das empresas. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo até o momento o valor apurado passa dos R$ 5 bilhões.

Publicação de biografias
O senador Ronaldo Caiado, autor de uma emenda considerada por editores e escritores como retomada da censura a biografias, reagiu às críticas: "Falar em censura posterior ou recolhimento de livro ou é má-fé ou incapacidade de interpretar o que está escrito. A emenda, simplesmente, reduz o prazo para que a matéria seja julgada ao final pelo STF". Caiado se põe à disposição para participar do evento “Biografias, e agora?”, na ABL, dia 9 de julho, e “explicar a emenda para contribuir com o debate”. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Sem coerência
Carlos Andreazza, da Record, vê censura e cobra do senador coerência: "Ele não pode adotar essa atitude de censor e se apresentar como liberal e defensor das liberdades ao mesmo tempo. Ele legisla em causa própria". Fernando Morais, no livro Na toca dos leões, diz que, presidenciável, em 1989, Caiado teria dito ao publicitário Gabriel Zellmeister que poderia esterilizar as nordestinas por meio de uma substância química na água. O senador negou, indignado, e entrou na Justiça. Em 2005, um juiz de Goiânia decidiu não só apreender o livro como também proibiu Morais de comentar a decisão na imprensa. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Lei de Mediação
Publicada no Diário Oficial da União, a Lei da Mediação (Lei 13.140) gerou dúvidas entre advogados sobre sua aplicação em discussões envolvendo cobranças tributárias. No artigo 38 consta que são passíveis da mediação extrajudicial as controvérsias relacionadas aos tributos administrados pela Receita Federal ou a créditos inscritos em dívida ativa da União. Para o especialista na área tributária Luís Alexandre Barbosa, do escritório LBMF Sociedade de Advogados, há dúvidas quanto à constitucionalidade da lei. Ele entende que não seria possível firmar acordo nesse tipo de conflito por considerar crédito tributário como bem indisponível. As informações são do jornal Valor Econômico.

PEC da Maioridade Penal
Deputados contrários à redução da maioridade penal formaram uma força-tarefa para buscar alternativas ao texto aprovado na Comissão Especial da Câmara que deve começar a ser votado nesta terça-feira (30/6) no plenário da Casa. A intenção dos parlamentares é reverter a atual tendência de aprovação, evitando que o PMDB, o PSDB e a chamada “bancada da bala” consigam os 308 votos necessários para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Morte de adolescentes
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Assassinato de Jovens debateu nesta segunda-feira (29/6) os números apresentados no Mapa da Violência 2015. O estudo mostra que o homicídio é a principal causa de morte entre os jovens de 16 e 17 anos, com mais de dez mortes de adolescentes dessa faixa etária, por dia, no Brasil. Segundo os dados apresentados pelo professor, o Brasil está em terceiro lugar no número de assassinatos de jovens de 15 a 19 anos, em uma lista de 85 países. As informações são do Jornal do Brasil.

Partilha do pré-sal
O Senado se articula para votar nesta terça-feira (30/6) projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de participar de pelo menos 30% da exploração do pré-sal no país. O projeto acaba com a obrigatoriedade de a estatal estar presente, como operadora exclusiva, nos consórcios criados para a exploração, realizada no modelo de partilha. O PT vai tentar impedir a votação do projeto por considerar que ele é o primeiro passo para o Congresso alterar o regime de partilha na exploração do pré-sal. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Indenização por demissão
Empregados demitidos poucos dias depois de contratados têm obtido na Justiça do Trabalho o direito de receber indenização por danos morais. Nas decisões, os magistrados consideraram que anotações tão próximas na carteira de trabalho, além de frustrar expectativas, acabam prejudicando o trabalhador na busca por um novo emprego. Recentemente, a 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão que condenou uma empresa a indenizar um ex-funcionário que foi dispensado no primeiro dia de trabalho. Os danos morais foram fixados em R$ 2 mil. Da decisão, unânime, não cabe mais recurso. As informações são do jornal Valor Econômico.

Espionagem internacional
Cinco dias depois de o presidente americano, Barack Obama, telefonar a seu equivalente francês, François Hollande, para prometer que não havia mais qualquer sombra de espionagem sobre o Palácio do Eliseu, o site WikiLeaks publicou novos documentos revelando um megaesquema de espionagem econômica americana na França. Os documentos indicam que durante entre 2002 e 2012 a Agência de Segurança Nacional (NSA) americana monitorou não só autoridades francesas, como também milhares de contratos corporativos que envolvessem mais de US$ 200 milhões. As informações são do jornal O Globo.

Boi Gordo
A Justiça de São Paulo determinou nesta segunda-feira (29/6) que 10 empresas e sete pessoas ligadas ao grupo Golim sejam responsabilizados pelos danos causados a 32 mil investidores das Fazendas Reunidas Boi Gordo. Com isso, a sentença confirmou uma liminar que no ano passado bloqueou cerca de R$ 3 bilhões de bens, que deverão ser usados para pagar os credores da Boi Gorno. Segundo o juiz Marcelo Barbosa Sacramone ficou comprovada uma série de desvios feitos pelo grupo controlador (e por terceiros) de ativos da Boi Gordo, prejudicando os credores. As informações sao do jornal O Estado de S. Paulo.

Novas leis no RJ
Tanto a lei que estabelece o roubo de bicicleta como um tipo específico de crime quanto a que proíbe em todo o território do Estado do Rio de Janeiro o porte de armas brancas foram publicadas nesta segunda-feira (29/6) no Diário Oficial. O objetivo da lei de bicicletas é facilitar os registros em delegacias, ajudando investigadores a identificar quadrilhas especializadas e as áreas de maior ocorrência. Já a lei sobre armas brancas proíbe a circulação nas ruas com facas, punhais ou outros objetos cortantes cujas lâminas tenham mais de dez centímetros de comprimento. Quem descumprir a determinação, vista como um instrumento de prevenção, poderá ser multado em cerca de R$ 24 mil. As informações são do jornal O Globo.

Menos burocracia
Brasil e Estados Unidos deram, nesta segunda-feira (29/6), o primeiro passo para fechar um acordo de reconhecimento mútuo na área de comércio exterior. A ideia é que as aduanas dos dois países deem tratamento menos burocrático e mais ágil à entrada de mercadorias de empresas exportadoras certificadas como Operadores Econômicos Autorizados (OEAs). O subsecretário de Aduana da Receita Federal, Ernani Checcucci, disse que o Brasil já tem cinco empresas certificadas como OEA na área de segurança. As informações são do jornal O Globo.

Indenização negada
A Justiça julgou improcedente o pedido de indenização contra o Estado feito por familiares de Eloá Pimentel, assassinada em 2008 pelo ex-namorado Lindemberg Alves, em Santo André (SP). Segundo a família, os policiais no comando da ação fizeram um trabalho "atabalhoado", que contribuiu para a morte. O juiz Luiz Fernando Rodrugies Guerra, da 5ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, entendeu, no entanto, que Lindemberg "sempre deixou clara sua intenção de matar Eloá". A defesa anunciou que vai recorrer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acesso limitado
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aplicou 11 infrações contra a empresa aérea Gol e contra a Infraero por falta de acessibilidade de passageiros com deficiência. Há seis meses a executiva Katya Hemelrijk da Silva, 39 anos, que é cadeirante, teve que se arrastar pelas escadas para embarcar em um voo. O prazo para recurso é de 20 dias a partir do recebimento das infrações, todas baseadas em resolução — 280/2013 — sobre acessibilidade de passageiros com "necessidade de assistência especial". As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Corrupção na Fifa
O ex-presidente da CBF José Maria Marin, preso na Suíça há 34 dias acusado de envolvimento em esquemas de corrupção na Fifa, já gastou R$ 1,9 milhão em sua defesa, que tem como prioridade evitar que ele tenha de ficar em um presídio norte-americano. Cerca de metade do dinheiro foi gasto na Suíça na tentativa de evitar que ele seja extraditado para os EUA. A Justiça norte-americana tem até sexta-feira (3/6) para apresentar o pedido de extradição de Marin e de outros seis dirigentes do futebol mundial que estão detidos em prisão próxima a Zurique. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Trabalho coletivo
Quatro escritórios de advocacia estão trabalhando no caso do ex-presidente da CBF José Maria Marin. Na Suíça, quem comanda a defesa é Georg Friedli, renomado advogado suíço. Especializado em acordos de cooperação internacional, ele é sócio do escritório Friedli & Schnidrig. Friedli conta com o apoio de outro advogado no país: Rudolf Wyss. Os honorários dos dois foram acertados por intermediários da família de Marin e custam R$ 1 milhão. Há outros dois escritórios dos EUA acionados para estudar alternativas jurídicas para que Marin não seja preso no país. Estes advogados estão cobrando R$ 935 mil. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Massacre de professores
O Ministério Público do Paraná ajuizou uma ação civil pública contra o governador Beto Richa (PSDB) por improbidade administrativa. O MP entende que Richa é responsável pelo "massacre" dos professores, no dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba. Nesse dia, mais de 200 pessoas ficaram feridas no confronto entre a Polícia Militar e professores, que estavam em greve e protestavam em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O MP também responsabilizou o ex-secretário de Segurança Fernando Francischini, o ex-comandante da PM César Vinícius Kogut, o ex-subcomandante Nerino Mariano de Brito e o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira. As informações são do Jornal do Brasil.

Pedido de devolução
O Ministério Público pedirá à Justiça a repatriação do dinheiro supostamente desviado para cinco contas na Suíça pelo ex-secretário municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro e também de Assistência Social e de Governo, Rodrigo Bethlem (PMDB). Uma cooperação internacional com a Justiça da Suíça fez chegar às mãos dos promotores uma série de documentos que comprovariam a existência das contas de Bethlem naquele país. As informações são do jornal O Globo.

Doações investigadas
O Ministério Público Estadual de São Paulo instaurou inquérito para apurar irregularidades nas doações de órgãos no Serviço de Verificação de Óbitos da Capital (SVOC). Ligado à Universidade de São Paulo (USP), o setor recebe em média 14 mil corpos por ano — cuja causa da morte precisa ser apurada. A Promotoria diz que o documento para liberação dos cadáveres para enterro é obrigatório e induziria famílias ao erro ao tratar de “retenção” de órgãos, quando se fala de “doação”. E não existiria nenhum controle sobre a destinação feita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bate-boca
Um bate-boca na audiência sobre a lei de zoneamento em SP vai parar no comitê de ética da Ordem dos Advogados do Brasil. A advogada Geraldine Maia, do Movimento Zoneamento Real, vai entrar com uma representação na ordem contra a também advogada Patrizia Tommasini de Souza Coelho, que a chamou de "defensora de infratores" na reunião, na semana passada. "Tentam me desqualificar como profissional, é totalmente antiético", diz Geraldine, que defende a ampliação do comércio nos Jardins, como prevê a prefeitura. Patrizia é contrária à mudança. "Não citei o nome dela e estava na audiência como moradora do bairro, não como advogada", diz. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

OPINIÃO
Baixa patente

Em artigo publicado no jornal O Globo, o advogado Luis Fernando Matos Jr. critica a falta de investimentos no  Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), que está com presidente interino há quatro meses. Segundo o advogado somente esse fato já demonstra a falta de estímulo à inovação e a forma com a questão é tratada pelo governo. Além disso, ele aponta a falta de servidores no órgão que estão sobrecarregados. "Em consequência disso e do sucateamento tecnológico do INPI, cresce sem parar a fila represada de pedidos e aumenta o prazo para concessão de patentes", afirma.

Maioridade penal
Em artigo publicado no jornal O Globo, o pesquisador da Human Rights Watch no Brasil Cesar Muñoz Acebes aponta que reduzir a maioridade penal é uma má ideia para a sociedade. Segundo ele,  respeitar o direito do jovem de ser julgado como adolescente que é, e não como adulto, é o caminho mais provável para afastá-lo do crime. Segundo o autor, pesquisas feitas nos Estados Unidos mostram que tratar adolescentes como adultos é contraproducente como estratégia para reduzir a criminalidade. Acebes diz ainda que dados dessas pesquisas mostram que a reincidência é maior entre os adolescentes processados como adultos, mesmo nas situações em que não houve condenação.
Revista Consultor Jurídico, 30 de junho de 2015, 11h37

domingo, 28 de junho de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais deste domingo

A Justiça e o Direito nos jornais deste domingo

O empreiteiro Ricardo Pessoa da UTC foi convocado pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral João Otávio Noronha para esclarecer se a campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2014 foi beneficiada pelo esquema de propinas da Petrobras. Pessoa é um dos delatores da operação "lava jato" e disse em depoimento à Procuradoria-Geral da República que repassou R$ 750 mil ao tesoureiro da campanha presidencial de Dilma em 2010, José de Filippi, e outros R$ 2,9 milhões ao ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, que está preso preventivamente. As informações são do Estado de S. Paulo,
Susto na presidência
O ex-presidente Lula pressionou o ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro a questionar as "pedaladas fiscais" do governo Dilma para dar "um susto" na presidente. Questionado, o Instituto Lula nega as afirmações. Segundo a Folha de S.Paulo, o ex-presidente só mudou de ideia quando a corte disse que as contas de Dilma poderiam ser recusadas, o que daria argumentos à oposição para pedir o impeachment.
Bônus por processo
Juízes que receberem mais de mil novos processos por ano ou acumularem função irão receber um bônus salarial, conforme resolução do Conselho da Justiça Federal. A gratificação valerá para casos excepcionais e, segundo aFolha de S.Paulo, vai começar a ser distribuída massivamente na Justiça Federal. O veículo cita que o novo deve equiparar os salários de magistrados de primeira e segunda instâncias aos ganhos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o teto do funcionalismo. O custo do novo adicional salarial deve custar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões por ano.
Em breve
Em sua coluna na Folha de S.Paulo e no O Globo, Elio Gaspari questiona os dados que serão apresentados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) em breve, segundo o presidente do conselho, Carlos Alberto Freitas Barreto. Para Gaspari, assim que as informações forem veiculadas, será descoberto o tamanho e a qualidade da compreensão do Conselho. De acordo com o colunista, "se os recursos aceitos pelo conselho contra atuações milionárias ficar acima de 50%, de duas uma: a Receita está autuando de forma leviana ou o Carf virou um ralo".
Revista Consultor Jurídico, 28 de junho de 2015, 11h22