Apresentação

sábado, 30 de maio de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais deste sábado

NOTICIÁRIO JURÍDICO

A Justiça e o Direito nos jornais deste sábado

A empreiteira Mendes Junior teve R$ 137,2 milhões em bens bloqueados pela Justiça Federal. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o bloqueio atinge duas empresas pertencentes à empreiteira, Mendes Júnior Participações e Mendes Júnior Trading e Engenharia, além de ex-executivos e ex-funcionários das companhias. 

Obra Inacabada
Segundo uma comissão interna da Petrobras, pelo menos dois contratos da empresa com a Andrade Gutierrez foram pagos sem que as obras contratadas tenham sido feitas. Os serviços não prestados eram destinados à Refinaria de Paulínia (Replan). Os valores adiantados somam R$ 60 milhões. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a empreiteira é uma das envolvidas na operação “lava jato”.

Podem concorrer
O governo federal considerou válida a participação das empresas envolvidas na operação “lava jato” no pacote de concessões de infraestrutura da União. Apesar disso, informa a Folha de S.Paulo, a administração federal tem certo receio de que as empresas sejam declarada inidôneas se condenadas pelo esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. O veículo também cita que outra preocupação do governo é que outras empreiteiras entrem em processo de recuperação judicial.

Futebol encarcerado
A Receita Federal dos Estados Unidos da América afirmou ao jornal The New York Times que irá promover mais uma rodada de indiciamentos nos próximos dias. O chefe das investigações do fisco americano, Richard Weber, afirmou que o governo dos EUA acredita fortemente que há outras pessoas envolvidas no caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vai demorar
Advogados americanos e diplomatas suíços ouvidos pela Folha de S.Pauloafirmam que as extradições decorrentes da investigação sobre fraudes na Fifa podem levar ao menos um ano. Isso ocorre por causa do acordo de extradição firmado entre o país europeu e os EUA em 1995. O tratado delimita que a extradição só pode ocorrer quando a acusação é punível nos dois países com penas de prisão acima de um ano.
Revista Consultor Jurídico, 30 de maio de 2015, 12h02

sexta-feira, 29 de maio de 2015

CNJ votará resolução que cria cotas para negros nos concursos do Judiciário

RESERVA DE VAGAS

CNJ votará resolução que cria cotas para negros nos concursos do Judiciário

O Brasil tem quase 16 mil juízes, mas apenas 1,4% deles se consideram negros. Diante do quadro, o Conselho Nacional de Justiça analisa uma proposta de resolução que pode instituir a política de cotas também nos concursos públicos do Poder Judiciário. A previsão é que o texto — que destinaria até 20% das vagas para candidatos negros — seja votado na próxima sessão do órgão, marcada para o dia 9 de junho.
A proposta começou a ser apreciada na última sessão do CNJ (26/5), mas um pedido de vista do conselheiro Fabiano Silveira adiou a decisão. Os estudos que resultaram na proposta de resolução foram coordenados pelo conselheiro Paulo Teixeira e têm como base o censo feito com magistrados e servidores pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ. De acordo com o estudo, 14% dos juízes se declararam pardos; 1,4%, negros; e 0,1%, indígenas.
Segundo o levantamento, a maior parte da magistratura é composta por homens, brancos, com idade média de 45 anos, casados com pessoa de outro sexo e com filhos. Do total de juízes, 36% são mulheres. A pesquisa também constatou que há 91 magistrados com deficiência, sendo o ingresso de 36 deles por meio das vagas reservadas a pessoas com esse perfil.
Conforme o texto da resolução, os candidatos negros poderão concorrer concomitantemente às vagas a eles reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso. Outra previsão é que, até cinco anos depois da publicação da norma, seja feita a segunda edição do censo do Poder Judiciário, para se verificar a necessidade de rever o percentual de vagas reservadas e o prazo de vigência da resolução.
Neste ano, o CNJ já publicou norma destinando 20% das vagas dos concursos públicos para o CNJ. O Supremo Tribunal Federal seguiu o mesmo caminho.
O conselheiro Paulo TeixeiraTeixeira aponta que a fixação de cotas em concursos públicos já é praticada no país, como em órgãos do governo federal e universidades. “Vale destacar ainda que, de 2002 a 2012, 43 municípios e quatro estados publicaram legislação para implementar uma política de reserva de vagas em concurso público para pessoas negras”, afirmou, ao apresentar a proposta ao plenário.
Ele aponta que a política de cotas nos concursos públicos também tem embasamento legal, como a Lei 12.990/2014, que reserva 20% de vagas para negros nos concursos públicos destinados ao provimento de cargos efetivos e públicos no âmbito da Administração Pública. 
Requisitos
Para o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do CNJ e do STF, as ações afirmativas devem cumprir os requisitos de proporcionalidade e da temporalidade — e a proposta de resolução atende a ambos.
“A resolução é um passo muito importante para a integração social em nosso país. Mais da metade da população brasileira se declara negra ou parda e esse percentual não se reflete na magistratura. É uma herança lamentável que carregamos há mais de 150 anos em desfavor do processo civilizatório brasileiro e essa iniciativa merece todos os encômios”, disse.Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.
Procedimento de Comissão 6940-88.2012.2.00.0000
Revista Consultor Jurídico, 29 de maio de 2015, 16h20

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27/5), em primeiro turno, o fim da reeleição para os cargos de presidente, governador e prefeito, em artigo que faz parte da proposta da reforma política em andamento no Congresso. A mudança foi aprovada por 452 votos a favor, 19 contra e 1 abstenção. O texto agora terá que ser aprovado em segundo turno na Câmara e ser votado no Senado, também em dois turnos, para entrar em vigor. As informações são do portal Terra.

Doações para campanhas
Derrotado nas primeiras votações da reforma política, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pressionou deputados da base e da oposição e, nesta quarta-feira (27/5), conseguiu aprovar, por 330 votos a 141, emenda constitucional que prevê o financiamento de empresas para partidos e de pessoas físicas para partidos e candidatos. Ele ressuscitou parte da proposta que havia sido rejeitada na noite anterior, o que revoltou parte dos deputados, que o acusou de voltar atrás no que dissera terça-feira. Caso a proposta passe em novo turno na Câmara e seja aprovada no Senado, empresas não poderão mais doar diretamente para candidatos, apenas para partidos. As informações são do jornal O Globo

À espera do julgamento
A Ordem dos Advogados do Brasil não vê na aprovação de uma emenda à Constituição que autoriza o financiamento privado de partidos políticos um impeditivo para que o Supremo Tribunal Federal julgue uma ação de inconstitucionalidade apresentada pelo órgão sobre o tema.  O julgamento foi suspenso em abril do ano passado por pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, que prometeu entregar seu voto até o fim de junho deste ano para que o julgamento seja retomado. Até o momento, seis dos onze ministros da Corte já entenderam que o financiamento privado de campanhas é inconstitucional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nova ação
A OAB estuda ainda a possibilidade de entrar com outra ação de inconstitucionalidade, questionando o fato de a Câmara ter submetido novamente o tema à votação plenária, um dia antes de os deputados terem rejeitado outra proposta de emenda que tratava de assunto semelhante. Para a Ordem, há nesse procedimento um ato inconstitucional, ferindo um parágrafo do artigo 60 da Constituição que "uma matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ajuste fiscal
O Senado aprovou a segunda das três Medidas Provisórias do ajuste fiscal do governo que restringe o acesso à pensão por morte e prevê novas regras para aposentadoria. A maior discussão ficou por conta da emenda incluída na Medida Provisória pelos deputados, que na prática, acaba com o fator previdenciário. Pela regra aprovada, os homens terão direito a aposentadoria integral quando a soma de idade e tempo de contribuição for de 95 anos, com o mínimo de 35 anos de contribuição, e para as mulheres, 85 anos, com pelo menos 30 anos de contribuição.No caso das pensões por morte, passam a ser exigidos um ano e meio de contribuição previdenciária e dois anos de união estável. As informações são do portal G1.

Mudanças no Carf
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse a representantes de confederações empresariais que a exigência de dedicação exclusiva para os membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) foi a solução para o órgão não acabar. O ministro pediu que as confederações indiquem nomes para preencher as vagas ociosas de conselheiros e, assim, o conselho volte a operar. O presidente da CNC, Antônio Oliveira Santos, criticou a exigência de dedicação exclusiva. "Dedicação exclusiva é algo que não se pode acreditar, é uma precarização". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Propina no futebol
A pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a polícia suíça prendeu nesta quarta-feira (27/5), em Zurique, sete dirigentes da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Eles são acusados de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro em bancos em solo americano e devem ser extraditados para os EUA. Marin teria recebido R$ 20 milhões de propinas relativas à venda de direitos de exploração comercial da Copa América e da Copa do Brasil. Outros sete foram indiciados, entre eles o brasileiro José Margulies. Todos foram banidos do futebol pela Fifa enquanto durarem os processos. Dono da Traffic, empresa de marketing esportivo, o brasileiro José Hawilla, réu confesso, ajudou nas investigações e devolverá aos cofres americanos cerca de R$ 473 milhões. As informações são do jornal O Globo.

Investigação própria
O escândalo da Fifa pode chegar logo ao Brasil. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal avaliam iniciar uma investigação para apurar eventuais crimes, como evasão de divisas e lavagem de dinheiro, envolvendo dirigentes e empresários de futebol no país. A abertura de uma investigação no Brasil foi discutida numa reunião nesta quarta-feira (27/5) no Ministério da Justiça. Dos três eixos da investigação em curso nos Estados Unidos dois estão diretamente relacionados ao Brasil: a venda de direitos de transmissão e comerciais de torneios sul-americanos e brasileiros e possivelmente o contrato de patrocínio de uma empresa de material esportivo com a CBF. As informações são do jornal Valor Econômico.

Quebra de sigilo
O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator dos inquéritos da “lava jato”, determinou a quebra do sigilo telefônico do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). As informações vão instruir a apuração que tramita no STF. Também foi quebrado o sigilo telefônico de uma assessora dele, Maria Cleia Santos Oliveira, do doleiro Alberto Youssef e de dois executivos afastados da Construtora Queiroz Galvão, Othon Zanoite e Idelfonso Colares. Todos terão o sigilo quebrado no período entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2010. Os dados foram pedidos pela Polícia Federal. As informaçõres são do jornal O Globo.

Odebrecht intimada
A Polícia Federal notificou a Odebrecht a dizer se formou cartel para fraudar licitações e se pagou propina em troca de contratos na Petrobras. A intimação foi consequência de pedido feito ao juiz Sergio Moro, pelos advogados da própria empresa, para que ela se pronuncie em inquérito que apura suposta participação de subsidiária do grupo, a Odebrecht Plantas Industriais, em lavagem de dinheiro oriundo de corrupção. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Contribuição previdenciária
O Supremo Tribunal Federal retomou nesta quarta-feira (27/5) o julgamento que discute a incidência da contribuição previdenciária sobre parcelas adicionais pagas a servidor público — 13º salário, terço de férias e horas extras. Na sessão, porém, foram proferidos apenas dois votos. Por ora, o placar é favorável aos contribuintes: três a dois. A análise do recurso foi interrompida por um pedido de vista da ministra Cármen Lúcia. As informações são do jornal Valor Econômico.

Documento único
O Tribunal Superior Eleitoral vai encaminhar um projeto de lei nesta quinta-feira (28/5) propondo a criação do Registro Civil Nacional (RCN). Um cartão com chip que reunirá dados como RG, CPF, título de eleitor e até antecedentes criminais. O cartão identificará o cidadão a partir de suas digitais e biometria facial. O recurso tecnológico deverá eliminar a possibilidade de emissão de múltiplas carteiras de identidade. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Revista Consultor Jurídico, 28 de maio de 2015, 12h40

Eleitoralistas pedem que deputados rejeitem unificação das eleições

Eleitoralistas pedem que deputados rejeitem unificação das eleições

Depois de comemorar a rejeição, pela Câmara dos Deputados, da proposta de eleições por meio do chamado sistema do distritão, a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep) tenta convencer os deputados a rejeitar também a unificação das eleições. A Casa discute esta semana diversas propostas de reforma política, e a entidade vem procurando deputados para expor seus pontos de vista.
A Abradep é um grupo recém-criado que reúne diversos especialistas em Direito Eleitoral com o objetivo de promover discussões e estudos a respeito do tema. Com a entrada em pauta das medidas da reforma eleitoral, o grupo publicou memorial destacando os pontos que defende e critica.
No memorial que vai ser entregue nesta quinta-feira (28/5) aos deputados, a Abradep se mostra contra a unificação das eleições a cada quatro anos. Pela proposta em trâmite, a cada eleição seriam escolhidos os ocupantes de todos os cargos eletivos do país, de vereador a presidente da República.
Para a Abradep, a proposta afasta representante e representado, já que os momentos de escolha ficam mais distantes entre si e, com a grande quantidade de candidatos é mais difícil haver identificação. A entidade também afirma que a proposta vai aumentar o número de abstenções, “com possível crise de legitimidade”.
Outra reclamação é que o fim das eleições a cada dois anos acaba com o “momento de controle”.  De acordo com o memorial da Abradep, esse mecanismo “tem sido de fundamental importância para dar vazão a eventuais insatisfações dos eleitores com a opção política escolhida anteriormente”.
Clique aqui para ler o memorial da Abradep.
Revista Consultor Jurídico, 28 de maio de 2015, 11h35

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Leia o acórdão que impede conselheiros do Carf de advogar

Leia o acórdão que impede conselheiros do Carf de advogar


O artigo 29, inciso II, do Estatuto da Advocacia, estabelece que a profissão é incompatível com todos que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta. Assim, conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais não podem exercer a advocacia.
Esse foi o teor do voto divergente do conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil Valmir Pontes Filho (CE) em resposta à consulta sobre a possibilidade de membros do Carf advogarem feita pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Dezesseis outros conselheiros do Conselho Federal concordaram com Pontes Filho e estabeleceram a incompatibilidade da função com a advocacia.
Clique aqui para ler o acórdão.
Revista Consultor Jurídico, 26 de maio de 2015, 15h40