Apresentação

sábado, 10 de janeiro de 2015

Notícias da Justiça e do Direito nos jornais deste sábado

Notícias da Justiça e do Direito nos jornais deste sábado

O novo ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), é alvo de ação judicial na qual o Estado de São Paulo pede indenização pela suposta concessão indevida de reajustes contratuais em favor de empresas na gestão dele como diretor-presidente da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos). As supostas irregularidades foram apontadas pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), que considerou injustificáveis aditivos contratuais firmados por Rodrigues e outros gestores. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Guerra fiscal
Em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo afirma que, se a Súmula Vinculante 69, que acaba com a guerra fiscal entre estados, for aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, haverá maior segurança jurídica, mas o impacto financeiro será grande: “Se aprovada pelo STF, a súmula uniformizará o entendimento do Judiciário sobre os benefícios decorrentes da guerra fiscal, mas forçará os Estados que dela participaram a cobrar das empresas beneficiadas todos os tributos aos quais tinham renunciado desde 2008. Sua aplicação pura e simples, sem nenhuma modulação, teria, assim, grande impacto sobre as finanças de um grande número de empresas que, nos últimos anos, foram beneficiadas pela generosidade de vários governos estaduais”.

Acordos de leniência
A Petrobras pressiona 23 empresas do cartel alvo da Operação Lava Jato, que corrompia agentes públicos em troca de obras e serviços bilionários, a assinarem acordos de leniência. Em troca, acena com suspensão da medida que as impediu preventivamente de serem contratadas ou participarem de licitações na estatal petrolífera. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Evitar falências
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams afirmou que o acordo de leniência “é uma alternativa que a lei oferece às empresas” com o objetivo de “não levar ao limite de uma empresa fechar por causa de um funcionário, de dois funcionários ou mesmo de alguém que praticou um desvio”.

Desistência de ação
O novo ministro do Esporte, George Hilton, deixou de ser réu em uma ação de cobrança movida pela Caixa Econômica Federal, banco estatal, após assumir seu cargo no primeiro escalão do governo de Dilma Rousseff. O processo foi motivado por uma dívida de R$ 30 mil no cartão de crédito do ministro. Ele reconhece a existência do débito. Depois de tentar negociar o pagamento da dívida sem obter sucesso, como é praxe de qualquer banco, a Caixa levou o caso para a Justiça Federal em Minas Gerais. O processo foi aberto em 18 de dezembro do ano passado, quatro dias antes de Dilma confirmar Hilton na chefia do Esporte. Por causa do recesso de fim de ano do Judiciário, a ação só foi encaminhada ao juiz responsável, Carlos Roberto de Carvalho, na quarta­feira passada. Porém, nessa sexta, um dia após receber questionamentos do Estado, o banco anunciou que estava desistindo da cobrança judicial. “Já houve desistência da ação por parte da Caixa, em virtude da negociação entre as partes”, informou a Caixa. Hilton afirmou por meio de sua assessoria que havia feito um acordo com o banco, fora do âmbito judicial, para quitar o débito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Julgamento suspeito
A nomeação de Mellina Torres Freitas (PMDB) como secretária de Cultura de Alagoas pelo governador Renan Filho (PMDB) levará o processo em que ela é acusada de liderar um desvio de R$ 15,9 milhões, quando era prefeita de Piranhas, no sertão do Estado, para a corte presidida por seu pai. O caso teve início na 17.ª Vara Criminal de Maceió, mas secretários estaduais têm prerrogativa de serem julgados pelo Tribunal de Justiça, cujo presidente é o desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, pai de Mellina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Atentado na França
Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, David Brooks critica a celebração dos jornalistas mortos do jornal francês Charlie Hebdo como “mártires da liberdade de expressão”: “A reação ao ataque de Paris revela que grande parte da sociedade se apressa em endeusar os que ofendem o ponto de vista de terroristas na França, mas é muito menos tolerante com os que ofendem seus próprios pontos de vista em seu país”. Mesmo assim, ele não acredita que devam ser impostas restrições legais ao uso do humor contra religiões.

Tarifa de ônibus
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu ontem o reajuste de 8,5% no preço das passagens de ônibus nas linhas suplementares. A medida foi anunciada após o Ministério Público ter verificado erro no cálculo do aumento. A tarifa havia subido para R$ 3,10. Com a liminar, as empresas terão que voltar a cobrar R$ 2,85. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Punição às empreiteiras
A Controladoria-Geral da União tentou fazer um acordo com a força-tarefa do Ministério Público Federal encarregada da Operação Lava-Jato para limitar punições às empreiteiras envolvidas em fraudes na Petrobras, evitando que elas fossem declaradas inidôneas e, consequentemente, ficassem impedidas de fechar novos contratos com o governo federal. A proposta foi rejeitada pela força-tarefa. O acordo foi encarado pelos investigadores como uma tentativa do governo de salvar empresas que estão à frente de grandes obras públicas no país. As informações são do jornal O Globo.

Sem liberação das drogas
Mesmo com a liberação do comércio da maconha no Colorado e em Washington, nos Estados Unidos, e no Uruguai, o governo brasileiro estará de portas fechadas para o assunto neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deixou claro que vê com bons olhos a separação entre usuários portadores de pequenas quantidades de drogas e traficantes, mas não quer nem ouvir falar em mudanças mais amplas. “Não está em pauta a liberação de drogas hoje”, disse o ministro. As informações são do jornal O Globo.

Soltura de grávida
A grávida Renata Gonçalves Cardoso, de 24 anos, presa preventivamente por tráfico de drogas, conseguiu ontem no Supremo Tribunal Federal o direito de cumprir pena em casa. A decisão é do presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, que, ao conceder o benefício, considerou tanto a gestação avançada da presa — de nove meses — quanto sua condição de cardiopata. Ontem, o tribunal enviou à Penitenciária Feminina da cidade de São Paulo um ofício, determinando a imediata transferência de Renata à prisão domiciliar. A decisão tem validade apenas para esse caso, mas uma lei — geralmente ignorada — garante à gestante presa preventivamente o direito de passar os últimos três meses de gravidez em casa, independentemente de sua condição de saúde. As informações são do jornal O Globo.

Parcelamento de impostos
Empresas e pessoas físicas com dívidas relativas ao ISS e IPTU do município de São Paulo terão nova oportunidade para parcelar os débitos em até dez anos, ou seja, em 120 parcelas mensais e ainda obter descontos. A Prefeitura de São Paulo regulamentou o novo Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) de tributos municipais. O último parcelamento foi aberto em 2011. As informações são do jornal Valor Econômico.

Conflitos societários
Em artigo no jornal Valor Econômico, os advogados Marcus Elidius Michelli de Almeida e Armando Luiz Rovai afirmam que, no caso de conflitos entre acionistas de uma empresa, uma boa solução é optar pela exclusão extrajudicial do sócio minoritário “para eliminar a briga que desequilibra e emperra o andamento da sociedade. Logicamente, este expediente somente poderá ser implementado quando o sócio minoritário, em razão da prática de atos graves, estiver colocando em risco o próprio desenvolvimento da sociedade”.

Questionada lei que inclui advocacia no Supersimples

Questionada lei que inclui advocacia no Supersimples

A Febrafite - Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais propôs ADIn no STF contra a LC147[1]/14, que amplia os serviços, incluindo a advocacia, enquadrados no regime de tributação denominado Simples Nacional, o Supersimples. O processo é de relatoria do ministro Gilmar Mendes.
Pela norma, 140 novos serviços passam a integrar uma nova tabela, com alíquotas que variam de 16,93% a 22,45%. Além da advocacia, foram incluídos no Supersimples serviços como medicina, odontologia, despachante, corretagem, psicologia, publicidade e fisioterapia.
De acordo com a entidade, a LC 147[2]/14 determina que as vendas realizadas para as micro e pequenas empresas – consideradas aquelas com faturamento bruto de até R$ 3,6 milhões ao ano – "não mais fiquem sujeitas ao pagamento antecipado do ICMS pelo vendedor (substituto tributário) pelas vendas futuras ao consumidor final, devendo pagar apenas o valor relativo ao Simples Nacional calculado sobre o faturamento bruto mensal".
Com isso, afirma que poucas atividades econômicas permaneceram sob o controle dos Estados e do Distrito Federal, "representando uma pequena parte das vendas de mercadorias destinadas a milhões de comerciantes varejistas, os quais eram antes substituídos tributários no pagamento do ICMS".
Para a entidade, a lei viola a autonomia normativa e administrativo-tributária dos Estados e do Distrito Federal para tributar, disciplinar e fiscalizar a substituição tributária do ICMS.
Sustenta que, com ela, quase todas as empresas dos mais diversos segmentos econômicos ficarão excluídas da substituição tributária do ICMS. Assim, as micro ou pequenas empresas ficarão obrigadas a pagar somente o imposto único federal (o Simples Nacional), calculado sobre o seu faturamento bruto e não sobre o preço da mercadoria, "que é a base de cálculo clássica e adequada para tributação do consumo de bens".
"As alterações mutilam o principal instrumento de tributação dos Estados, do Distrito Federal e subvertem o mais eficiente mecanismo de combate à sonegação tributária e de praticabilidade da fiscalização do ICMS, o qual fora concebido e implementado gradualmente pelos Estados-membros desde a década de 70."
A Febrafite argumenta, por fim, que tais mudanças causarão prejuízos à autonomia financeira e tributária dos entes políticos da federação brasileira, e às competências, atribuições, prerrogativas e direitos dos servidores da administração fazendária dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Diante disso, pede a suspensão dos efeitos da lei e, no mérito, a declaração de inconstitucionalidade.

References

  1. ^ LEI COMPLEMENTAR Nº 147, DE 7 DE AGOSTO DE 2014 (www.jusbrasil.com.br)
  2. ^ LEI COMPLEMENTAR Nº 147, DE 7 DE AGOSTO DE 2014 (www.jusbrasil.com.br)

Regra que obriga advogados a declarar CPF de clientes foi destaque

Regra que obriga advogados a declarar CPF de clientes foi destaque

Uma nova norma da Receita Federal chamou a atenção de advogados e outros profissionais liberais do país: todos devem agora identificar os clientes pessoas físicas que pagarem por seus serviços, conforme a Instrução Normativa 1.531. Os dados podem ser exportados pelo contribuinte que usar o programa Carnê-Leão 2015 para a declaração de rendimentos do Imposto de Renda Pessoa Física 2016. Segundo a Receita, o objetivo é evitar que os profissionais tenham declarações retidas até que apresentem os documentos ao Fisco. Clique aqui[1] para ler a notícia.
Limite da terceirização
Em novo capítulo sobre a polêmica terceirização, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho defendeu tese da corte que impede esse tipo de contrato em atividades-fim. Para o ministro Barros Levenhagen, a Súmula 331 assegurou “a igualdade de condições de trabalho e de salários” e ajudou a solucionar conflitos. A defesa da norma foi feita em ofício recentemente enviado ao Supremo Tribunal Federal, que vai julgar ação movida pela Associação Brasileira do Agronegócio. Clique aqui[2] para ler a notícia.
Atentado em Paris
O ano mal começou, mas já enfrentou um dos mais impactantes ataques terroristas da história. Na quarta-feira (7/1), dois homens armados invadiram a redação do jornal francês Charlie Hebdo, em Paris, e mataram 12 pessoas. Entre os mortos, quatro dos principais cartunistas do mundo, além do diretor de redação, Stephane Charbonnier. A publicação era alvo de ameaças de grupos terrositas desde 2006 por causa de charges em que retratava o profeta Maomé (o que é "pecado" para a religião islâmica) em situações satíricas. Três suspeitos de ligação com o ataque da quarta foram mortos pela polícia na sexta-feira (9/1).Clique aqui[3]aqui[4] e aqui[5] para ler sobre o assunto.

OPINIÃO
Entrevista da semana

O advogado Sergio Barroso de Mello, especialista no setor de seguros, aponta que juízes têm julgado de “forma mais humana” os pedidos para o pagamento de sinistros, deixando de lado cláusulas fixadas em contratos. “Política social quem faz não é o Judiciário, mas os Poderes Executivo e Legislativo. O que Judiciário faz é interpretar a lei, o negócio jurídico e o contrato”, afirma. Ao mesmo tempo, ele avalia que o Direito Securitário tem se consolidado no país, acompanhada da segurança jurídica e da expansão do setor. Clique aqui[6] para ler a entrevista.
Coluna da semana
O professor Lenio Streck comenta na coluna Senso Incomum “coisas esquisitas” que analisou o novo Código de Processo Civil, recém-aprovado pelo Congresso. Ele diz que há muitos avanços na reforma, mas critica um dispositivo que determina ao juiz “justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada” (parágrafo 2º do artigo 487). Para Streck, surpreende que o texto “incorpore algo que não deu certo. Pior: não satisfeito em falar da ponderação, foi mais longe na tropelia epistêmica: fala em colisão entre normas”. Clique aqui[7] para ler a coluna.
Artigo da semana
Os advogados João Candido Cunha Pereira Filho e Ângela Rodrigues Kazmirski comentam nova lei criada para acelerar a retomada de veículos financiados, quando contratos estão em atraso. Segundo eles, a Lei 13.043/2014 eliminou várias etapas do processo e permitiu que a instituição financeira faça a alienação on-line dos bens do devedor em atraso. Clique aqui[8] para ler o artigo.

Audiência
Medição do Google Analytics aponta que a ConJur recebeu 498,3 mil visitas e teve 873,6 mil visualizações de página entre os dias 2 e 8 de janeiro. A terça-feira (6/1) foi o dia com mais acessos, quando o site recebeu 94,2 mil visitas.
O texto mais lido, com 20,1 mil acessos, foi sobre a nova norma que obriga advogados e outros profissionais liberais a identificar os clientes que pagarem por seus serviços. A determinação está na Instrução Normativa 1.531 da Receita Federal, que trata do uso do programa multiplataforma do Carnê-Leão do Imposto de Renda Pessoa Física de 2015. Clique aqui[9] para ler a notícia.
Com 17,5 mil visitas, o segundo colocado no ranking é o texto que aborda a aplicação do chamado Direito Penal do Inimigo no Brasil, com base no discurso da presidente Dilma Rousseff (PT) contra a corrupção e medidas tomadas no andamento da operação “lava jato”. O conceito, criado pelo alemão Günther Jakobs, apoia-se em três pilares: antecipação da punição; desproporcionalidade das penas e relativização e/ou supressão de certas garantias processuais; e criação de leis severas direcionadas a quem se quer atingir. Clique aqui[10] para ler o texto.


References

  1. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  2. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  3. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  4. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  5. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  6. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  7. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  8. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  9. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  10. ^ aqui (www.conjur.com.br)
  11. ^ Advogados estão obrigados a declarar CPF de todo cliente atendido (www.conjur.com.br)
  12. ^ Brasil decide futuro com base no Direito Penal do Inimigo (www.conjur.com.br)
  13. ^ Mudanças na Previdência violam uma série de princípios da Constituição (www.conjur.com.br)
  14. ^ Ponderação de normas no novo CPC? É o caos. Presidente Dilma, por favor, veta! (www.conjur.com.br)
  15. ^ Mudança na Previdência tira seguro-desemprego de 80% dos jovens (www.conjur.com.br)
  16. ^ Nova lei traz rapidez na retomada de veículos inadimplentes (www.conjur.com.br)
  17. ^ Vacatio legis do novo CPC é insuficiente para o desafio imposto (www.conjur.com.br)
  18. ^ Um dos temas que você precisa saber para o processo penal em 2015 (www.conjur.com.br)
  19. ^ STF cassa decisão que impediu Defensoria de propor Ação Civil Pública (www.conjur.com.br)
  20. ^ Juízes devem fazer ou usar a doutrina somente na hora do lazer? (www.conjur.com.br)
  21. ^ Contrato individual de trabalho não pode ser discutido em arbitragem (www.conjur.com.br)
  22. ^ Advogados e promotores experientes valorizam acordos antes de julgamentos (www.conjur.com.br)
  23. ^ Atentado contra revista na França atinge liberdade de expressão (www.conjur.com.br)
  24. ^ Justiça Estadual tem autonomia para declinar competência, diz TJ-RJ (www.conjur.com.br)
  25. ^ Advogados pedem explicação sobre deputado interceptado na "lava jato" (www.conjur.com.br)
  26. ^ Banco não paga sucumbência em ação para exibir contrato público de financiamento (www.conjur.com.br)
  27. ^ Emissora não pode ser condenada por fazer críticas em reportagem (www.conjur.com.br)
  28. ^ Juíza que descumpriu ordem de desembargador não deve ser multada (www.conjur.com.br)
  29. ^ "Em ações de seguro, juízes ignoram códigos para atender a questão social" (www.conjur.com.br)
  30. ^ Presidente do TST defende súmula contra atividade-fim terceirizada (www.conjur.com.br)

Edson Leal: Isenção de IPVA para deficiente não pode ser injusto

Edson Leal: Isenção de IPVA para deficiente não pode ser injusto

Em abril de 2013 publiquei um artigo sobre se a isenção do ICMS e do IPVA para deficientes físicos no Estado de São Paulo era uma necessidade ou um privilégio. Parti da tese de que existe um princípio tributário básico de que quando todos pagam os tributos, todos pagam menos. Procurei mostrar q...
Leia notícia na íntegra:
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Veja como o projeto do Novo CPC evoluiu no Legislativo

Veja como o projeto do Novo CPC evoluiu no Legislativo

O Novo Código de Processo Civil[1], que aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff (PT), sofreu diversas alterações desde seu projeto inicial, apresentado em 2010, até a aprovação definitiva do Senado, feita no dia 17 de dezembro de 2014. Entre as mudanças, estão a exclusão da aplicação supletiva ...
Leia notícia na ínteg...
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References

  1. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)

Advogado acusa herdeira das Pernambucanas de crime contra Justiça


Advogado acusa herdeira das Pernambucanas de crime contra Justiça



“Deixou de ser crime contra o direito dos herdeiros para ser um crime contra a Justiça.” É como o advogado Taney Faria define a reviravolta no caso do inventário das Casas Pernambucanas. A briga pelo inventário, além de ser uma das mais longas do estado de Pernambuco também é, no que diz respeito a patrimônio, um dos de valor mais significativo: só de dividendos são mais de R$ 600 milhões. O patrimônio chega a ser seis vezes maior que isso. Em 2013, a companhia faturou R$ 4,6 bilhões.


Segundo o advogado, contas e bens que, por determinação judicial, deveriam estar parados aguardando a decisão sobre o caso, têm sido movimentados por pessoas que não estão nem no processo. Segundo Taney, três inventariantes nomeados em juízo outorgaram, num período de 12 anos, 66 procurações em cartórios do Recife (PE), sem o conhecimento da Justiça, cedendo poderes a pessoas da confiança de Anita Harley, herdeira e presidente do grupo, que briga pela divisão dos bens com os herdeiros dos irmãos dela, Robert e Cristina Harley.


Acontece que, com os documentos, os procuradores receberam poderes para mover contas nacionais e internacionais, receber aluguéis dos imóveis do espólio e resgatar e fazer aplicações financeiras, que, segundo o advogado, beneficiam somente os interesses de Anita. Os sobrinhos dela dizem que não sabiam das procurações.


Augusto Quidute, advogado de Anita, é direto ao dizer que as acusações dos outros herdeiros são inverossímeis: “As procurações não são novidades para ninguém, nem para os sobrinho de Anita. Como eles vêm perdendo espaço jurídico, amargando derrotas potenciais dentro desse inventário, criaram esse estorvo de ilegalidade para criar instabilidade”.


Segundo Quidute, todos os inventariantes dativos que atuaram no caso outorgaram procurações por uma razão simples: para que outras pessoas, de confiança da família e que sempre foram funcionários do grupo, pudessem realizar questões burocráticas e corriqueiras relacionadas às empresas, como pagar funcionários e preencher guias de INSS. “Nenhuma dessas pessoas era estranha à família. As procurações são públicas e foram feitas em cartórios públicos, não em cartórios secretos”, ironizou.


Já Taney Faria diz que descobriu as procurações por acaso: “Por coincidência, eu fui a um cartório do Recife e, chegando lá, o funcionário lembrou que eu estava atuando no caso das Pernambucanas. Mas achou que eu era advogado de Anita. E aí acabou me falando da procuração. Com essa informação, fui atrás de outras procurações. E aí encontramos as 66 — somente no estado de Pernambuco”, conta Taney, advogado dos filhos de Robert.


“Conseguimos provar, pela primeira vez, que há malversação do inventário em um claro conluio de Anita com os inventariantes, o que desmoraliza não só os herdeiros de Helena, mas toda a Justiça”, diz Taney. Para o advogado, as provas são incontestáveis e foram levadas ao Ministério Público para que sejam apuradas e as devidas providências tomadas. “Já são mais de 24 anos de disputa. Essa mulher ficou tanto tempo de posse do patrimônio todo que ela pensa que é tudo dela”.


Briga pesada

O testamento de Helena Lundgreen, dona de 50% das Casas Pernambucanas (morta em 1990) foi dividido em duas partes: a dos bens disponíveis, divididos igualmente entre os três filhos dela (Robert, Cristina e Anita), e a dos bens indisponíveis, cuja metade deveria ser de Anita e a outra metade de Robert e Cristina. Da metade que cabe a esses dois filhos, Anita ficaria responsável, mas somente por um período de 20 anos ou até que o último sobrinho completasse a maioridade, caso os irmãos morressem — Robert e Cristina morreram em 1999 e 2000, respectivamente. De qualquer maneira, ela teria que prestar contas a cada seis meses.


Em 2001, o último sobrinho completou a maioridade e os descendentes entraram, então, com uma ação para terem acesso a parte dos bens. Em 2013, o Superior Tribunal de Justiça determinou que as ações pertencem aos descendentes de Robert e Cristina.


No que diz respeito à distribuição dos dividendos ou à prestação de contas, Quidute confirma que não foram feitos, mas não por omissão e, sim, porque é a determinação do processo. “Há decisões colegiadas do Tribunal de Justiça de Pernambuco que tratam: da existência de um condomínio acionário; da indivisibilidade da herança enquanto não se ultima a partilha; diz que quem administra todo o indivisível é exclusivamente Anita; diz que quem administra os dividendos da partilha é ela; estabelece que ela prestará contas dessa administração somente quando da partilha”, ressalta.


Leia mais http://www.conjur.com.br/2015-jan-09/advogado-acusa-herdeira-pernambucanas-crime-justica

Inelegibilidade maior não vale para condenados antes da Ficha Limpa

Inelegibilidade maior não vale para condenados antes da Ficha Limpa

Inelegibilidade maior não vale para condenados antes da Ficha Limpa A inelegibilidade de oito anos não deve se aplicar aos condenados antes da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010). Para esses casos, vale o prazo de três anos. Foi como decidiu o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, ao conceder um pedido de liminar feito por Clésio Salvaro (PSDB-SC), prefeito eleito de Criciúma (SC). Reeleito, ele ainda não tomou posse do cargo por determinação do Tribunal Regional Eleitoral, que o condenou com base na regra anterior. Mas para o ministro, a ampliação do impedimento não pode prejudicar a coisa julgada.
Salvaro foi condenado à inelegibilidade pelo TRE de Santa Catarina por abuso de poder político em uma cerimônia de casamento coletivo promovida com a colaboração do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O acórdão da corte que condenou o prefeito transitou em julgado em abril de 2009, sem que houvesse qualquer recurso contra o prazo de inelegibilidade, então de três anos. Mas mesmo assim o TRE cassou a candidatura de Salvaro após ele ser reeleito na última eleição municipal.
O político foi ao STF pedir, por meio de liminar, “sua posse imediata no cargo de prefeito de Criciúma, para o qual foi reeleito com 76,48% dos votos válidos, em respeito à manifestação da soberania popular no pleito de 2012”.
Lewandowski concedeu a liminar. Ao analisar o pedido, feito na Ação Cautelar 3.786, o ministro entendeu que o aumento do prazo de inelegibilidade não pode prejudicar a coisa julgada. De acordo com ele, quem já havia terminado de cumprir o período de inelegibilidade de três anos, antes da alteração da Lei Complementar 135/2010 não pode ter tal prazo ampliado para oito anos.
Segundo o presidente do STF, “o tema constitucional versado nos autos consiste em saber se a coisa julgada, em uma representação eleitoral transitada em julgado antes da alteração normativa, com sanção de inelegibilidade fixada em três anos e base específica no inciso XIV do artigo 22 da Lei de Inelegibilidades, pode ser desconstituída com fulcro em alteração legislativa superveniente, tendo em conta o que assegura o artigo 5º, XXXVI, da Constituição, in verbis: 'a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada'”.
Para o ministro, a situação é excepcional e se reveste da maior singularidade político-jurídica, uma vez que o autor foi reeleito para o cargo de prefeito do município de Criciúma, com 76,48% dos votos válidos, encontrando-se impedido de exercer o mandato legitimamente conferido pela vontade das urnas, por conta de decisão da Justiça Eleitoral que desconstituiu acórdão de 2009, "já coberto pelo manto sagrado da coisa julgada”.
A liminar, contudo, pode cair a qualquer momento. Tramita no STF uma ação que discute a legitimidade da aplicação retroativa da Lei Complementar 135/2010, que ampliou de três para oito anos o prazo da sanção de inelegibilidade. O caso está para ser julgado pelo Plenário do Supremo por meio Recurso Extraordinário com Agravo 790.744, também de relatoria de Lewandowski. Com informações da assessoria de imprensa do STF.  

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira



Terno dispensado
Com as altas temperaturas registradas no verão, parte dos tribunais do país têm dispensado o uso de paletó e gravata pelos advogados até 20 de março - último dia do verão ou no dia 21, quando se inicia o outono no Brasil. Entre os que dispensaram o traje estão os Tribunais de Justiça de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) capixaba e fluminense também adotaram a medida. O uso, no entanto, continua obrigatório para as audiências, na maioria dos casos. As informações são do jornal Valor Econômico.

Orçamento do governo
O governo publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (8/1) o decreto sobre a execução do seu Orçamento até que o Congresso aprove o projeto de lei orçamentária para este ano. Neste decreto, o governo separou os gastos em dois tipos: os obrigatórios e os não obrigatórios. No caso das despesas obrigatórias, foi estabelecido que pode ser gasto mensalmente o limite de 1/12 do valor que está no projeto de lei, ainda não aprovado. No entanto, no caso dos gastos não obrigatórios, que podem ser adiados, o limite foi reduzido para 1/18, por mês, do que está no projeto do Orçamento. Isso vale até que a lei orçamentária seja aprovada e publicada. As informações são do portal G1.

Fiscalização das estatais
Há menos de uma semana no cargo, o novo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, reconheceu a falta de controle pelos órgãos externos e disse que vai anunciar medidas para ampliar a fiscalização das estatais. Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro descartou a possibilidade de acordo coletivo com as empresas envolvidas no caso da "lava jato". "Algumas empresas já procuraram a CGU dese o mês passado — não me procuraram — para discutir esses acordos. Havendo manifestação delas individualmente, a CGU vai analisar individualmente, e respeitando o sigilo", explicou.

Trava fiscal
Apesar do precedente desfavorável na Câmara Superior, os contribuintes continuam vencendo em pelo menos uma turma do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) processos sobre limite de 30 % na compensação de prejuízos fiscais no cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) na incorporação de empresas. O fato pode fazer com que o tema volte a ser discutido na instância máxima do Carf. Um levantamento do escritório Dias de Souza Advogados Associados mostra que das oito turmas que debatem IR e CSLL no conselho, apenas uma permite o aproveitamento de 100% dos créditos decorrentes de prejuízos fiscais na extinção com posterior incorporação de empresas. As informações são do jornal Valor Econômico.

Pagamentos atrasados
Os funcionários da construtora Mendes Júnior, nas obras de Transposição do Rio São Francisco, já começaram a sentir os efeitos da operação "lava jato". Sem crédito na praça e sem receber da estatal, a construtora não fez o pagamento da segunda parcela do 13º salário, previsto para 20 de dezembro, para os cerca de 500 empregados que continuam na obra. Além de entrar com uma ação na Justiça reivindicando o pagamento do 13.º salário e por dano moral coletivo, o sindicato fará hoje uma mobilização na BR-232 para protestar contra a situação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segurança pública
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quarta (7/1) a criação de uma estrutura integrada de segurança pública entre os Estados do Sudeste e a realização de uma operação policial contra o crime organizado. Segundo o ministro, a estrutura deve seguir o modelo da Copa do Mundo. As ações se somam à iniciativa do governo federal de mudar a Constituição para incluir a União como responsável por também atuar na segurança estadual. Uma proposta é discutida no governo e, segundo o ministro, deve ser enviada ao Congresso em fevereiro. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Nepotismo
A governadora Suely Campos (PP), de Roraima, nomeou ao menos 12 parentes para o secretariado. O Ministério Público do Estado pediu que a governadora, sob pena de adoção de medidas judiciais, exonere os seus parentes. Em nota, o governo de Roraima diz que a escolha obedece a critérios "técnicos, de confiança e comprometimento" e que não viola súmula do Supremo Tribunal Federal que trata de nepotismo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Disputa por marca
A juíza Márcia Maria Nunes de Barros, da 13ª Vara Federal do Rio, determinou que o Inpi anule o registro da marca de relógios Iwach, feito pela empresa Intertime, da China. O pedido é da suíça Swatch. Segundo o escritório Montaury Pimenta, a marca chinesa é uma imitação do relógio europeu. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Ficha limpa
O novo ministro da Secretaria de Portos, Edinho Araújo (PMDB), já foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa. A condenação, determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, ocorreu em dezembro de 2012 e seria suficiente para enquadrar Araújo como ficha-suja pelos critérios da Lei da Ficha Limpa. Mas ele conseguiu se reeleger ao cargo de deputado federal em 2014 porque obteve uma liminar no Superior Tribunal de Justiça suspendendo os efeitos da condenação. Para o STJ não houve dolo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

OPINIÃO
Liberdade de expressão

Em editorial, o jornal Folha de S.Paulo afirma que o atentando à redação do jornal Charlie Hedbo constitui inaceitável violência contra valores universais de liberdade e tolerância. "A indignação, a revolta, o luto e as lágrimas se impõem. Mas que não se perca o sorriso. Tristes são os assassinos. Nosso é o sorriso da liberdade, da esperança e da razão".

Braço longo
Para o jornal O Globo, o atentado contra jornalistas em Paris mostra que desafio é prevenir ações terroristas sem prescindir das liberdades que caracterizam o regime democrático ocidental. "É um atentado cheio de simbolismos. Executado em Paris, coração da França, pátria das liberdades e dos direitos humanos. Contra um ícone da liberdade de imprensa, o “Charlie Hebdo”, que ousa desafiar, com a sátira e o bom humor, o fanatismo homicida do fundamentalismo islâmico. Confirma também que, a partir do Oriente Médio, o longo braço do terror pode atingir qualquer ponto do globo", diz o editorial.

A vítima é o humor
Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista Eugênio Bucci afirma que o atentado em Paris é mais que um crime contra a liberdade de imprensa. "Nessa tragédia concentrada, a vítima não é a imprensa em geral, não é a imprensa genérica. Estamos falando aqui da imprensa que faz rir, que falta com o respeito, que destroça a impostura de seriedade tão comum nos demagogos. Estamos falando de uma imprensa ainda mais arredia, que zomba da circunspecção dos circunstantes e rechaça a impostação e os salamaleques das autoridades, sejam elas religiosas, civis, militares ou simplesmente imbecis. Desta vez a vítima é a sátira. A vítima é a ironia".

Revista
 Consultor Jurídico, 8 de janeiro de 2015, 10h41Topo da página