Apresentação

sexta-feira, 8 de maio de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira



Coisa julgada
O Supremo Tribunal Federal analisará a possibilidade de uma decisão dos ministros sobre a inconstitucionalidade de determinada norma ser aplicada a um caso anterior já encerrado na Justiça. O julgamento foi iniciado ontem. Porém, os ministros preferiram não começar a discutir o mérito. Foram feitas apenas a leitura do relatório e a apresentação da argumentação das partes. A matéria será julgada em repercussão geral.  As informações são do jornal Valor Econômico.

Dupla atividade
Uma nota técnica do Senado, elaborada a pedido do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e publicada nesta quinta-feira (7/5) aponta que a dupla atividade exercida por Luiz Fachin no Paraná, quando ocupou cargo de procurador do Estado e exerceu a advocacia ao mesmo tempo, “viola o ordenamento legal”. Previsto para ser sabatinado na próxima semana, Fachin encontra resistência no Senado por parte de parlamentares da oposição e de peemedebistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prática legal
O advogado Luiz Edson Fachin afirma que o exercício da advocacia conjuntamente com o cargo na Procuradoria é legal. Ele sustenta que a legislação federal sobre o assunto só proíbe a atuação simultânea nos casos em que o Estado for réu. Além disso, sustenta que a Constituição do Paraná, antes de ser reformada, em 1999, não vedava a advocacia privada para procuradores do Estado. As informações são do jornal O Folha de S.Paulo.

Peregrinação no Congresso
Luiz Edson Fachin, jurista indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal, visitou o gabinete de 71 dos 81 senadores até esta quinta-feira (7/5), para vencer a resistência a seu nome alimentada pelo que considera "aviltantes distorções" de seu pensamento. "Sou um liberal", diz a interlocutores. "Sou um garantista e um defensor intransigente do valor vinculante da Constituição." As informações são do jornal Valor Econômico.

Nova sabatina
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os ministros que quiserem continuar até os 75 anos deverão passar por uma nova sabatina. "Conforme a emenda, os que desejarem continuar na magistratura deverão ser novamente sabatinados pelo Senado Federal, que não abrirá mão da prerrogativa de fazê-lo", afirmou Renan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Lei Anticorrupção
A aplicação da Lei Anticorrupção em casos complexos como os que envolvem as empresas investigadas na "lava jato" corre o risco de terminar no Judiciário. A avaliação é do advogado-geral da União Luís Inácio Adams, que participou de seminário sobre a legislação. "Temos de evitar um imbróglio jurídico. Precisamos uniformizar os procedimentos. Criar uma rotina e compreensão uniformes. A lei está sendo implementada em um caso como o da 'lava jato' e não tem uma jusrisprudência específica para orientar isso", disse Adams. As informações são do jornal Valor Econômico.

Responsabilidade fiscal
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que chegou aos 15 anos nesta semana, está colocada a prova. Foi considerada como marco fundamental para o período que combinou elevado crescimento econômico com redução da dívida pública, em especial a fase entre 2004 e 2013. Mas a lei, com suas previsões e proibições, não evitou a inédita condenação fiscal do governo federal pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em julgamento realizado no mês passado pelo caso das "pedaladas fiscais". Mais que isso: a LRF não evitou um salto na dívida bruta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nova banca
O advogado Eduardo Munhoz, um dos maiores especialistas em recuperação judicial e conflitos societários do país, está deixando o escritório Mattos Filho para abrir a sua própria banca. Ele já atuou, por exemplo, no caso do Grupo EBX e está no processo de recuperação da OAS. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Futuro em risco
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse estar preocupado com o futuro de pelo menos 51 mil empresas que dependem das 23 empreiteiras investigadas pela operação "lava jato" e têm sua sobrevivência ameaçada por seu envolvimento com irregularidades no escândalo da Petrobras. "O governo está comprometido em potencializar os instrumentos de combate à corrupção. Mas não é possível que a dinâmica da implementação dessa legislação de combate à corrupção leve ao fechamento em série de empresas", disse Adams. As informações são do jornal O Globo.

Lava jato
O ministro Teori Zavascki, relator da "lava jato" no Supremo Tribunal Federal, autorizou no dia 4 pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros executivos de empreiteiras sejam ouvidos nas investigações. O pedido foi feito em inquérito que apura se a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), eleita em 2010, recebeu doações naquela campanha fruto de desvios na Petrobras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Liberdade de imprensa
O juiz substituto da 15ª Vara Cível do Distrito Federal, Valter André de Lima Bueno Araújo, julgou improcedente uma ação de indenização por danos morais movida pelo ministro do STF Gilmar Mendes contra o jornalista Rubens Valente. Mendes pedia indenização de R$ 200 mil, alegando ter sido ofendido no livro Operação Banqueiro, sobre os bastidores da operação da Polícia Federal que investigou os negócios do banqueiro Daniel Dantas. Na decisão, o juiz mencionou a liberdade de imprensa para considerar improcedente a ação. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Trabalhador doméstico
A presidente Dilma Rousseff deverá vetar a contribuição mensal de 3,2% imposta aos empregadores como antecipação da multa de 40% do FGTS, paga em caso de demissão sem justa causa do empregado doméstico. Essa contribuição adicional — além dos 8% — foi incluída no projeto de regulamentação dos novos direitos da categoria, aprovado na quarta-feira pelo Senado. Segundo fontes do governo, o entendimento da Advocacia-Geral da União é que a cobrança fere o princípio da multa, que é desestimular as demissões. O texto aprovado pelo Congresso foi encaminhado à sanção presidencial. As informações são do jornal O Globo.

Cobrança de energia
A escalada dos encargos cobrados na conta de luz foi parar na Justiça e poderá custar alguns bilhões ao governo federal. A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), ingressou com ação na Justiça contra a cobrança da Contribuição de Desenvolvimento Energético (CDE). O argumento da Abrace, que tem 46 grandes empresas como associadas, é que não há base legal para a cobrança do encargo da forma como está sendo feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Academia de Educação
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, assume nesta sexta-feira (8/5) uma cadeira na Academia Brasileira de Educação, no Rio. Gabriel Chalita, também acadêmico, faz a saudação ao novo imortal. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

OPINIÃO
Aposentadoria compulsória
Em editorial, o jornal Folha de S.Paulo defende que Mudança na aposentadoria compulsória, dos 70 para os 75 anos, deveria ser estendida a todo o funcionalismo público. "Num país em que a expectativa de vida passou dos 52,4 anos para quase 75 anos, de 1960 aos dias de hoje, não é mais razoável considerar como incapacitado profissionalmente alguém que chega aos 70", diz o jornal.

Plano fracassado
Em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo aponta o fracasso do Plano Nacional de Apoio ao Sistema Prisional lançado em novembro de 2011 pela presidente Dilma Rousseff. Segundo o jornal, o plano gerenciado pelo Ministério da Justiça não passou da estaca zero. "A situação em que se encontra o sistema carcerário resulta, assim, de um velho vício de nossos governantes – eles são pródigos em anunciar grandes planos e incompetentes para gerir a administração pública e cumprir promessas", diz o jornal.

Revista
 Consultor Jurídico, 8 de maio de 2015, 11h29Topo da página

quinta-feira, 7 de maio de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira



Acordos de leniência
A Controladoria-Geral da União (CGU) avançou nas negociações com as empresas investigadas na operação “lava jato” e já trabalha com a possibilidade de assinar os primeiros acordos de leniência no segundo semestre. O prazo está de acordo com a expectativa de bancos para que essas companhias possam voltar a operar em uma situação mais próxima da normalidade e bate também com a perspectiva de sentenças na Justiça. Cinco empresas já manifestaram interesse em colaborar e estão discutindo os termos dos acordos. As informações são do jornal Valor Econômico.

Ajuste fiscal
Em uma sessão conturbada, com tumulto entre deputados, panelaço no plenário e retirada de sindicalistas das galerias, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (6/5) com votação apertada (252 votos a favor e 227 contra) o texto-base da MP 665, que endurece as regras de acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso. Um dos principais pontos do texto é a ampliação do tempo de trabalho necessário para a requisição do seguro-desemprego (de seis para 12 meses). Para concluir a análise do texto, os deputados ainda precisam votar cinco destaques. As informações são do portal G1.

Decoro parlamentar
Em meio a um desentendimento entre deputados no plenário da Câmara durante a votação da MP 665, o líder da bancada da bala, Alberto Fraga (DEM-DF), disse em referência à deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que merecem apanhar as mulheres que entram na política e batem como homem. “Eu sempre digo que a mulher que entra na política e que bate como homem, tem que apanhar como homem”, repetiu o parlamentar, depois que a colega reclamou de uma agressão física. As informações são do portal Terra.

Trabalho doméstico
O Senado reduziu de 12% para 8% sobre a remuneração do empregado doméstico a contribuição previdenciária feita pelo empregador e regulamentou o recolhimento de FGTS para essa categoria profissional. Após dois anos de discussões no Congresso, o projeto que regulamenta direitos de domésticos foi aprovado e segue agora para sanção da presidente Dilma. As regras passam a valer 120 dias após a sanção. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Extradição suspensa
A extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, foi suspensa até 3 de junho, data da audiência que julgará o recurso apresentado pela defesa dele. A informação foi divulgada pelo advogado de Pizzolato, Alessandro Sivelli. Na tentativa de evitar a volta dele ao Brasil, o recurso pede ao Tribunal Administrativo Regional (TAR) de Roma o cumprimento da pena na Itália. As informações são do jornal O Globo.

Marco Civil da Internet
As discussões sobre os pontos que devem constar na regulamentação do Marco Civil da Internet mobilizaram 1.843 pessoas no Brasil e no mundo. O processo colaborativo, encabeçado pelo Ministério da Justiça através da plataforma Participação, deve nortear a elaboração do decreto presidencial, que tem o objetivo de encerrar trechos deixados em abertos na lei, inclusive sobre temas importantes e polêmicos como neutralidade de rede e guarda de dados dos usuários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aborto negado
As autoridades do Paraguai rejeitaram o pedido para abortar feito por uma menina de 10 anos que está grávida após ser abusada pelo padrasto.  “Para abortar, tinha de ser antes das 20 semanas”, disse o ministro da Saúde, Antonio Barrios. Várias organizações não-governamentais estão a tentar pressionar para que o Paraguai mude de opinião. A juíza que se ocupa do caso, Pili Rodrigués, disse que a Constituição do país “protege a vida desde a concepção”. Segundo ela, nesse caso cabe aos médicos decidirem pelo aborto. Ao juiz cabe apenas “proteger a menina, porque o pai está há muito ausente, a mãe na prisão e o padrasto em fuga”, declarou. As informações são do site Público.PT.

Abuso sexual
Os nove integrantes da banda de pagode New Hit, acusados de estuprar duas adolescentes dentro do ônibus após um show em 2012, foram condenados pela Justiça da Bahia a 11 anos e oito meses de prisão. De acordo com a sentença, proferida pela juíza Márcia Simões Costa, o ex-policial militar Carlos Frederico Santos de Aragão, acusado de conivência com o crime e exonerado da corporação à época da denúncia, também foi condenado a mesma pena dos músicos da banda. As informações são do jornal Estado de Minas.

Homofobia na torcida
A Fiel Torcida Jovem Camisa 12, torcida organizada do Corinthians, terá que pagar R$ 20 mil de multa por homofobia. As manifestações que geraram a condenação envolveram Emerson Sheik, jogador do alvinegro. Em 2013, ele postou uma foto nas redes sociais dando selinho em um amigo. O processo administrativo foi movido pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de SP. Ainda cabe recurso. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Construção de hidrelétricas
A decisão do governo de recorrer à Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar reverter as punições bilionárias que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) impôs a hidrelétricas pode acabar por responsabilizar o próprio governo pela origem dos problemas apontados pelas usinas. Por meio de nota, a AGU informou que vai se concentrar exclusivamente nas "consequências para o concessionário dos atrasos no processo de licenciamento ambiental federal", ou seja, a procuradoria quer saber se o adiamento das hidrelétricas foi causado por eventual lentidão do Ibama e demais órgãos que atuam no licenciamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Incorporação suspensa
A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a suspensão liminar da incorporação da OAS Investimentos pela OAS. A decisão atende pedido do Vinci Créditos e Desenvolvimento, um dos principais credores da OAS Investimentos e da subsidiária SPE Gestão e Exploração de Arenas Multiuso. Esta é a segunda liminar concedida pelo TJ-SP a credores do grupo para suspender a incorporação. O desembargador Ramon Mateo Júnior, da 2ª Câmara de Direito Empresarial, já havia acolhido ação dos fundos americanos de investimentos (Aurelius Investment, LLC e outros). As informações são do jornal Valor Econômico.

Morte de cinegrafista
O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com dois recursos, encaminhados para o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, em Brasília, contra a decisão da 8ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, que retirou a acusação de homicídio doloso triplamente qualificado do processo contra Fábio Raposo e Caio Silva de Souza. Os dois são apontados como responsáveis pela morte de Santiago Andrade, atingido por um rojão em fevereiro de 2014, enquanto cobria um protesto na Central do Brasil. As informações são do jornal O Globo.

OPINIÃO
Declarações irresponsáveis

Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o jurista Modesto Carvalhosa afirma que pôr a Petrobras como vítima no esquema de corrupção investigado na “lava jato” é um dos maiores erros que o atual governo pratica, na medida em que afunda ainda mais o país no grupo dos países corruptos.  “Essas declarações, de uma irresponsabilidade absoluta, vão levar nossa antiga joia da coroa a sanções severas e permanentes no plano internacional por força dos tratados de combate mundial à corrupção que o Brasil firmou e no plano interno se traduzem na lei de 2013. Esse entendimento (?) do Palácio do Planalto demonstra que o Brasil resiste à ideia de integrar a luta mundial contra a corrupção”, diz.

Revista
 Consultor Jurídico, 7 de maio de 2015, 10h41Topo da página

quarta-feira, 6 de maio de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta-feira

NOTICIÁRIO JURÍDICO

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta-feira



Buscas em gabinete
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou esta semana que um oficial de Justiça fosse ao gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para apreender um documento que pode trazer novos indícios de que o parlamentar foi beneficiado com recursos desviados da Petrobras. A autorização é parte das diligências solicitadas pela Procuradoria-Geral da República. Cunha está entre os 50 investigados pela Procuradoria com inquéritos abertos no Supremo.  As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Devolução de verbas
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato, autorizou a devolução de R$ 157 milhões que eram mantidos em contas secretas do ex-gerente executivo da Petrobrás Pedro Barusco à estatal petrolífera. O valor corresponde a cerca de 80% do que o executivo mantinha no exterior (R$ 204 milhões). A quantia é relativa a apenas um dos processos contra o executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pedido de impeachment
Diante da divisão interna, o PSDB recuou e deve propor ação penal contra Dilma Rousseff pelas pedaladas fiscais antes de enviar ao Congresso o pedido de impeachment. O partido quer representar à Procuradoria-Geral da República na semana que vem. Amparados por parecer do jurista Miguel Reale Jr., os tucanos entendem que a eventual condenação da presidente por crime de responsabilidade abre caminho para impeachment, mesmo por atos praticados no primeiro mandato. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo.

Financiamento estudantil
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Coêlho, disse que não descarta recorrer ao Supremo Tribunal Federal, caso o governo federal não estenda o prazo para novas inscrições ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) neste ano. Segundo ele, a Ordem decidirá se entrará com uma ação no próximo dia 18, na sessão colegiada da instituição. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Votação adiada
Sem acordo com o governo, o Senado adiou para esta quarta-feira (6/5) a votação do projeto que regulamenta os novos direitos dos empregados domésticos. A proposta será decidida no voto, sem a concordância do Palácio do Planalto, que não aceita a redução da alíquota patronal para o INSS de 12% para 8%, sob o argumento de que haverá perda na arrecadação de R$ 700 milhões por ano. As informações são do jornal O Globo.

Afastamento mantido
A Justiça de Minas Gerais negou pela segunda vez a recondução de Julián Eguren, presidente, e dois vice-presidentes da Usiminas a seus cargos por recebimentos irregulares de remunerações e bônus não aprovados pela empresa. O pedido havia sido feito pelo grupo italiano Ternium - Techint, um dos acionistas controladores da siderúrgica e que está em guerra com a sócia Nippon Steel. As informações são do jornal Valor Econômico.

Espionagem na França
A Câmara dos Deputados da França aprovou um polêmico projeto de lei impulsionado pelo governo que regula escutas telefônicas e o monitoramento de dados na internet. A medida, vista pelo governo de François Hollande como uma resposta ao terrorismo, é duramente criticada pela oposição, por jornalistas e por entidades de direitos humanos, que a veem como risco às liberdades individuais. As informações são do jornalFolha de S.Paulo.

Apresentação de contas
O PSDB encerrou 2014 com um rombo de R$ 8,8 milhões em suas contas. No decorrer do ano, a contabilidade do partido anotou um déficit de R$ 7 milhões, mas, em 2013, teve um saldo negativo de R$ 1,8 milhão.
Os partidos apresentaram sua contabilidade ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no último dia 30. Por uma questão de burocracia interna, o PSDB se tornou a primeira das grandes legendas a ter suas contas liberadas para consulta pública. Não há ordem para que isso ocorra. As informações são do jornal O Globo.

Atraso em shopping
O Tietê Plaza Shopping, em São Paulo, foi condenado pela Justiça paulista a ressarcir os investimentos feitos por um lojista desde a assinatura do contrato de locação, em junho de 2013. Foram fixados R$ 120,6 mil, com correção monetária, que se referem aos gastos com aquisição de luvas, mercadoria, mobília e mão de obra. O lojista recorreu à Justiça porque houve atraso na construção do shopping e na entrega da loja. As informações são do jornal Valor Econômico.

Rolezinhos no shopping
Shoppings do interior de São Paulo e de Minas Gerais estão indo à Justiça para vetar a presença de crianças e adolescentes sem os pais ou responsáveis. Já são oito casos nos últimos meses. Os estabelecimentos dizem que o objetivo é evitar baderna e garantir as vendas e a segurança de clientes e lojistas. Pelo menos cinco shoppings e quatro cidades diferentes já conseguiram liminar impedindo a entrada dos jovens. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Falta de provas
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal absolveu o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que havia sido acusado de usar, no custeio de despesas do governo de Rondônia, recursos destinados pelo Banco Mundial a um plano de manejo florestal, na época em que ele era governador (1995-1998). O STF entendeu que não havia provas para condená-lo, acompanhando a posição do Ministério Público, que já tinha pedido sua absolvição. As informações são do jornal O Globo.

Hora do silêncio
Uma liminar da Justiça promete dar alívio aos ouvidos e garantir o sono de quem mora próximo às obras de expansão da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, no Leblon. De acordo com a decisão, entre 22h e 7h, os trabalhos não poderão emitir ruídos acima de 55 decibéis. Em caso de descumprimento da ordem, o consórcio responsável será multado em R$ 50 mil. O governo do estado diz que a medida poderá causar atraso no cronograma das obras. Por isso, vai recorrer da decisão. As informações são do jornal O Globo.

OPINIÃO
Reforma política

Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, o presidente da Comissão de Reforma Política da OAB-SP, Ives Gandra da Silva Martins, fala sobre a proposta OAB-SP para reforma política, que diferente da proposta do Conselho Federal. Para a OAB-SP o voto seria distrital misto: "metade dos políticos seria eleita por distrito e a outra metade, proporcionalmente (como ocorre no sistema atual)", explica.
Revista Consultor Jurídico, 6 de maio de 2015, 10h41

terça-feira, 5 de maio de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta terça-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta terça-feira



Mudanças no Carf
O prazo da consulta pública para a alteração do regimento interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que terminaria nesta segunda-feira (4/5), foi prorrogado para a próxima segunda, 11 de maio. O documento definirá as novas normas de funcionamento do órgão. Segundo nota do presidente do Carf, Carlos Alberto Barreto, o adiamento foi necessário em razão do "elevado nível de adesão até aqui registrado, de pleitos das entidades interessadas e da diretriz do ministro da Fazenda de ampliar a participação da sociedade e, desta forma, possibilitar ao Carf alcançar padrão de excelência dos serviços prestados". As informações são do jornal Valor Econômico.

Ajuste fiscal
Com a presença de sindicalistas nas galerias do plenário, a Câmara dos Deputados deve começar a votar na tarde desta terça-feira (5/5) as duas medidas provisórias que restringem o acesso dos trabalhadores a uma série de benefícios trabalhistas e previdenciários, as chamadas MPs do ajuste fiscal. Apontadas pelo Palácio do Planalto como indispensáveis para reequilibrar a economia, as  propostas dividem o Congresso Nacional e geram indignação no meio sindical. As informações são do portal G1.

Planos econômicos
O julgamento dos planos econômicos será retomado pelo Supremo Tribunal Federal assim que Luiz Edson Fachin tomar posse como novo ministro da corte. A ideia do presidente do tribunal, ministro Ricardo Lewandowski, é liberar o processo para julgamento algumas sessões após o ingresso de Fachin. Isso daria a chance para ele estudar o caso, já que, como ministro mais novo no STF, será o primeiro a votar depois dos relatores. O processo deve entrar na pauta do tribunal duas semanas após a posse do novo ministro. As informações são do jornal Valor Econômico.

Nova súmula
O Tribunal Superior do Trabalho deve editar uma súmula para estabelecer que empresas que realocam funcionários de funções extintas, em consequência de automação, devem pagar pelas horas trabalhadas a mais, se ocorrer aumento de jornada nas novas posições. O pagamento, porém, será por meio de horas simples e não de horas extras, que têm acréscimo de 50% sobre o valor pago normalmente. A decisão de redigir a súmula partiu do Pleno do TST, ao analisar processo que envolve duas ex-funcionárias da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. As informações são do jornalValor Econômico.

Acordos de leniência
Os acordos de leniência de empresas investigadas na "lava jato" só devem sair, em um cenário otimista, a partir de setembro. A demora preocupa a área econômica do governo, que teme os efeitos no ritmo da atividade no país. Das 29 empresas sob investigação, só quatro se mostraram dispostas a colaborar, mas nenhum acordo foi negociado ainda porque isso depende de uma autorização do Tribunal de Contas da União à Controladoria-Geral da União. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Recuperação judicial
A Justiça de São Paulo aceitou o pedido de recuperação judicial de apenas 9 das 28 empresas do Grupo Schahin que haviam feito o requerimento em meados de abril. Ficaram de fora 14 das 15 empresas estrangeiras, que eram donas de navios-sonda. Das nacionais, foi rejeitado o pedido de quatro companhias que estavam inoperantes. Também não foi aceita a recuperação da Schahin Securitizadora de Recursos, por não ser do ramo de construção ou do setor de óleo e gás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pedidos de arquivamento
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer dizendo que devem ser repudiados os pedidos para arquivamento das investigações feitas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelos senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), Edison Lobão (PMDB-MA) e Valdir Raupp (PMDB-RO), pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA) e pelo vice-governador da Bahia, João Leão (PP). Segundo o PGR, não há pressupostos legais para os arquivamentos. As informações são do jornalFolha de S.Paulo.

Incorporação suspensa
O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a liminar que suspende a incorporação da OAS Investimentos pela OAS. A decisão é do desembargador Ramon Mateo Júnior, da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial da Corte, e atende o pedido de fundos americanos de investimentos (Aurelius Investment, LLC e outros), credores do grupo OAS. Ainda de acordo com a decisão, controladores e administradores das duas empresas devem "se abster de praticar quaisquer atos baseados nessa incorporação suspensa, sob pena de multa de R$ 500 mil por infração". As informações são do jornal Valor Econômico.

Delação premiada
O presidente da UTC, Ricardo Pessoa, acusado de ser o coordenador do cartel conhecido como “clube das empreiteiras”, ficou em silêncio durante o primeiro dia de interrogatório dos empreiteiros envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras na Justiça do Paraná. O silêncio de Pessoa aumentou a incerteza sobre se aceitará ou não acordo de delação premiada. Além de Pessoa, foram ouvidos os executivos da Camargo Corrêa Dalton Avancini, Eduardo Leite e João Auler. Como previsto, Leite e Avancini, que fizeram delação premiada, confirmaram a existência de um acordo entre as principais construtoras do país para definir as licitações na Petrobras. As informações são do jornal O Globo.

Falta de provas
Responsável por conduzir as investigações no Ministério Público Federal no Distrito Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a procuradora Mirella Aguiar descarta a possibilidade de pedir quebra de sigilo do petista. "Qualquer tipo de invasão da esfera da intimidade, da privacidade do investigado tem que ser fartamente fundamentada. Quando se faz a pergunta se isso daqui poderia gerar uma quebra de sigilo, a inexistência de provas neste momento não autorizaria", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Censura intolerável
A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia repudiou qualquer tentativa de restringir a liberdade de expressão, mesmo que de forma camuflada. Segundo ela, medidas desse tipo não passam de censura e serão consideradas inconstitucionais. Cármen Lúcia participou da abertura do 7º Fórum Liberdade de Imprensa & Democracia, em Brasília. "Não se tolera censura no Brasil. Qualquer marco que de alguma forma possa restringir ou ser uma forma camuflada de censura será considerada inconstitucional", afirmou. As informações são do portal G1.

Local estratégico
A 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou um homem a pagar R$ 50 mil, por danos morais, ao seu vizinho, por ter atirado em seu órgão genital durante uma discussão. Na decisão, o desembargador Wagner Cinelli considerou o alvo do tiro como motivo para manter a indenização. “O autor permaneceu por um período de seis meses sem qualquer atividade sexual, o que, por certo, configura aborrecimento com claros efeitos na autoestima”, pontuou o magistrado. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Motoristas liberados
A Justiça de São Paulo derrubou, nesta segunda-feira (4/5), liminar que determinava a suspensão das atividades do aplicativo Uber no Brasil. O aplicativo conecta motoristas autônomos e usuários em busca de transporte. A juíza Fernanda Gomes Camacho, da 19ª Vara Cível, reexaminou o pedido de liminar e decidiu pela manutenção do Uber.
Para ela, a ação civil pública em si não pode determinar se o aplicativo é regular ou irregular. As informações são do portal G1.

Crimes financeiros
O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp está preparando um parecer para Eike Batista. Ele deve dizer que fracasso nos negócios não é sinônimo de crime. O documento será apresentado nas ações penais a que Eike responde. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornalFolha de S.Paulo.

OPINIÃO
Solução de conflitos

Em artigo publicado no jornal O Globo, Olivia Fürst, presidente da Comissão de Práticas Colaborativas da OAB-RJ, aponta dissonância entre o que esperam os clientes (solução rápida dos conflitos) e o que os advogados oferecem (judicialização dos conflitos). Em sua visão, os métodos alternativos de solução de conflitos deveriam ser os primeiros caminhos a serem trilhados. "Uma atuação não adversarial, que tenha o litígio judicial não como o primeiro, mas como último recurso, encontra total consonância com as recentes inovações legislativas trazidas pelo novo Código de Processo Civil e pelo projeto de lei que regulamenta a mediação de conflitos", diz.

Revista
 Consultor Jurídico, 5 de maio de 2015, 10h47Topo da página

Justiça do RJ proíbe bloqueio de internet após fim de franquia

Justiça do RJ proíbe bloqueio de internet após fim de franquia

As operadoras de telefonia não poderão bloquear no Estado do RJ o acesso à internet móvel de consumidores quando forem firmados contratos de serviço ilimitado. É o que determina liminar deferida pela juíza de Direito Maria da Penha Nobre Mauro, da 5ª vara Empresarial do RJ, em ação civil pública movida pelo Procon/RJ contra a Claro, Oi, Tim e Vivo.
Na decisão, a magistrada afirma que o caso tem gerado "uma enxurrada de demandas nos Juizados Especiais", o que reforça a necessidade da medida para minimizar a indefinição do assunto, ainda que provisoriamente, como forma de "desafogar o Judiciário e espantar a insegurança jurídica que paira sobre a questão".
Modificação unilateral
A ação foi motivada pela modificação unilateral que as operadoras realizaram em seus contratos de telefonia com internet ilimitada. Antes o serviço de acesso à rede era apenas reduzido após a utilização da franquia de dados contratada pelo consumidor. Com a mudança, os clientes de planos pré-pagos passaram a ter cortado o seu serviço quando o limite da franquia era atingido.
"Os princípios que norteiam as relações de consumo asseguram ao consumidor informação clara e adequada sobre os produtos e serviços, bem como o protegem contra a publicidade enganosa e as práticas comerciais desleais ou coercitivas", ponderou a magistrada.
Segundo a julgadora, as relações de consumo devem ser norteadas pelos princípios da boa-fé objetiva, equidade e transparência, vedando-se as práticas abusivas "que onerem exacerbadamente e prejudiquem o consumidor". Em caso de descumprimento da decisão a multa diária é de R$ 20 mil.

Dicas para estruturação da peça prático-profissional – Contestação

Dicas para estruturação da peça prático-profissional – Contestação

Dicas para estruturao da pea prtico-profissional Contestao
Conforme visto no primeiro material apresentado, que consistiu na estruturação da peça prático profissional com ênfase na elaboração da petição inicial, passa-se neste momento, a análise da realização da contestação, ou seja, da defesa a ser realizada pelo requerido (réu).
Para que se possa verificar a necessidade de realização da contestação na prova, o candidato deve identificar na questão repassada, a necessidade de defender seu cliente em uma ação promovida em detrimento deste. Com isso, a forma mais costumeira de se realizar a devida defesa é através da contestação, lembrando-se ainda, não ser a única forma de defesa, que oportunamente serão trazidas para análise.
Assim, no intuito de auxiliar o candidato no momento da prova, e principalmente tocante a estruturação de uma possível contestação, aproveita-se a oportunidade para apresentar ao candidato dicas importantes para a elaboração e estruturação de referida peça, das quais o candidato deve se atentar.

1 – endereçamento para o juízo competente

No momento da analise da questão problema que a peça apresenta, o candidato deve se atentar e muito para o que está sendo pedido, inclusive tocante ao juízo em que a petição inicial fora ingressada, indicando neste caso, a vara específica responsável pelo trâmite do processo, conforme exemplo a seguir:
“EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS – SANTA CATARINA”.
Observação 1 – realizado o endereçamento, o candidato deve deixar um espaço, suficiente para trazer as informações da ação, a exemplo do número da ação. Caso não seja fornecido na questão deve-se deixar conforme exemplo a seguir: “processo nº …”.

2 – qualificação das partes

Como a petição inicial exige a qualificação completa das partes, tanto do requerente (autor), como do requerido (réu), no momento da contestação, não há necessidade de qualificá-los novamente, bastando apenas a indicação dos nomes, conforme exemplo: “fulano de tal, já devidamente qualificado nos autos da ação em epígrafe…”. “ciclano de tal, igualmente qualificado nos autos…”.

3 – indicação dos advogados com procuração anexa e endereço profissional

Indicado – deve o candidato após a qualificação do requerido (réu), que no caso da contestação é o cliente, trazer a indicação da representação dos seus advogados, situação semelhante com a da petição inicial, inclusive mencionando o instrumento de procuração anexo (documento anexo), bem como o endereço profissional do advogado, como por exemplo: “vem, por meio de seu advogado, legalmente constituído, conforme procuração em anexo, e que ao final subscreve, e que recebe intimações e notificações no escritório profissional com sede na rua …., nº…, bairro…., cidade…., uf, cep nº…”.

4 – indicação do nome da peça com sua fundamentação

Identificado que a questão exige a elaboração da contestação deve o candidato trazer sua fundamentação legal. Exemplo: “[…] com fulcro no art. 300, do cpc, apresentar sua defesa na forma de contestação”.

5 – preliminares de mérito

Além de identificar a peça, e impugnar as razões de direito da petição inicial, conforme será explanado a seguir, o candidato deve se atentar primeiramente ao art. 301, do cpc, o qual estabelece que antes do requerido (réu) iniciar o combate do mérito, deve verificar as preliminares de mérito, as quais podem causar a extinção do processo sem resolução do mérito. Assim, todos os incisos trazidos no art. 301, do cpc, devem ser analisados pelo candidato, verificando a possibilidade de serem trazidos ao corpo da petição.
Deste modo, traz-se alguns exemplos:
  • Inexistência ou nulidade de citação – verificada a existência de qualquer irregularidade tocante a citação do réu, deve-se alegar na forma de preliminar de mérito, conforme estabelecido art. 301, inciso i, do cpc. Destaca-se que referida preliminar, é importante tocante a apresentação da contestação de forma intempestiva, ou seja, fora do prazo legal.
  • inépcia da petição inicial – neste caso, referida preliminar pode ser apresentada, caso o candidato observe que a petição não está apta a produzir os efeitos requeridos, haja vista restar evidente alguma irregularidade, conforme estabelece o art. 301, inciso iii, do cpc. Cumpre destacar que os pressupostos da inépcia da petição inicial estão de forma expressas contidos no parágrafo único, do art. 295, do cpc, quais sejam: i – faltar pedido ou causa de pedir; ii – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; iii – o pedido for juridicamente impossível; iv – contiver pedidos incompatíveis entre si.
Observação 5 – cumpre destacar que, mesmo que na prática, o juiz ao invés de extinguir a ação costume determinar a emenda da petição inicial, o candidato, na condição de advogado do requerido (réu), deve requerer o que for mais favorável ao cliente, neste caso, a extinção do processo sem resolução do mérito.
Desta maneira, deve o candidato se atentar às informações fornecidas pela questão, já que em casos de contestação, as preliminares de mérito costumam ser muito cobradas na segunda fase do exame, no intuito de exigir o máximo de conhecimento do candidato.

6 – da realidade dos fatos

Passadas as questões preliminares, as quais devem ser devidamente identificadas, o candidato, mesmo restando evidente a irregularidade no processo e possível a arguição e reconhecimento da preliminar levantada, deve impugnar os fundamentos fáticos apresentados na petição inicial, e que estão sendo apresentadas na questão problema apresentando sua versão aos fatos. Importante ainda fazer destaque, que o candidato não pode inventar quaisquer informações que não foram fornecidas pela questão da prova, com o claro objetivo de não identificar/marcar a prova, e com isso, desclassificar o candidato.

7 – da impugnação ao direito

Argumentados os fundamentos fáticos, passa-se a análise e combate do mérito da petição inicial. Destaca-se que o requerido (réu) tem o ônus de combater especificamente todos os tópicos constantes da petição inicial. Cumpre destacar que o mesmo que foi informado a respeito da fundamentação técnica para a realização da petição inicial, deve igualmente ser aplicada na contestação, ou seja, deve-se adequar os fundamentos fáticos ao ordenamento jurídico vigente, e o que melhor se enquadra aos questionamentos que devem ser empregados na peça prático profissional.
Importante frisar novamente, que igualmente ao que fora explanado no conteúdo relacionado à estruturação da petição inicial, as normas a serem utilizadas na contestação não podem ser apenas mencionadas, mas sim devidamente explicadas e enquadradas aos fundamentos de defesa apresentados pelo candidato.

8 – pedido de assistência judiciária gratuita

Caso necessário, requerer assistência judiciária gratuita, conforme estabelece a lei nº 1060[1]/1950, com aquela simples referência que o requerido (réu) não reúne condições de suportar as custas processuais bem como honorários advocatícios sem prejuízo próprio e de sua família, informando ainda juntada de declaração de hipossuficiência.

9 – dos requerimentos

Mais uma vez, no momento dos pedidos, o candidato deve tomar bastante cuidado, visto que esta etapa é o momento de maior cobrança do avaliador e em que mais se considera a pontuação, devendo o candidato, novamente, seguir uma sequência de pedidos, conforme o exemplo a seguir: “diante do exposto, requer-se que digne este juízo em determinar o que segue: a) que seja a presente contestação devidamente recebida, por ser tempestiva e atentar ao direito material e processual vigentes; b) que sejam acolhidas as preliminares levantadas de… (especificar a preliminar levantada), a fim de que o processo seja extinto sem resolução de mérito; c) caso não sejam reconhecidas as preliminares levantadas, o que particularmente não se acredita, requer-se que seja julgado improcedente os pedidos formulados pelo requerente (autor); d) que seja o requerente (autor) condenado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência conforme estabelece o art. 20, do cpc; e) protesta-se por todos os meios de prova em direito admitidos em especial…(especificar as provas pretendidas, sejam elas testemunhais, periciais, documentais e etc).

10 – observações

Terminar com o famoso “nestes termos, pede justiça!”
Local, __/__/__. (a data de apresentação da contestação deve ser feita no último dia de prazo para a apresentação da contestação, sendo este momento muito importante na prova, e muito cobrado pela fgv).
Advogado
Oab.
Mais uma vez se destaca, a necessidade de não se trazer qualquer fato novo, ou qualquer informação que possa identificar sua peça prático profissional, para que se evite ao máximo qualquer possibilidade de desclassificação pelo examinador.
Diante disso, utilizando-se destes tópicos anteriormente mencionados, aliado aos estudos que devem ser realizados até o momento da prova, tenho certeza que você candidato poderá com facilidade estruturar devidamente sua contestação, auxiliando no momento da elaboração da peça pratico-profissional, atingindo assim a almejada aprovação.
E não esqueça do blog endireitados[2], com dicas, ferramentas e conteúdo diário com foco no exame da ordem.
Rafael pereira de souza – advogado e conteudista das mini videoaulas do endireitados

References

  1. ^ Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950. (www.jusbrasil.com.br)
  2. ^ blog endireitados (www.endireitados.com.br)

domingo, 3 de maio de 2015

Câmara dos Deputados aprova projeto de lei que criminaliza a morte de cães e gatos

Câmara dos Deputados aprova projeto de lei que criminaliza a morte de cães e gatos

Recentemente, muito se tem noticiado acerca da morte – na maioria das vezes, brutal e torpe – de cães e gatos de rua ou mesmo domésticos.
Diante da ocorrência crescente dos casos, o plenário da Câmara dos Deputados decidiu aprovar o Projeto de Lei 2.833/11, que transforma em crime as condutas que atentem contra a vida, saúde ou integridade física de cães e gatos, dentre as quais se destaca a morte, o abandono e a promoção de luta entre os animais.
As penas previstas no projeto de lei são de reclusão e variam, conforme a gravidade da conduta, de três meses a cinco anos.