Apresentação

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira

Um juiz de Joaçaba, em Santa Catarina, negou-se a apreciar uma petição com 40 páginas. Em uma curta decisão, determinou ao autor, que busca revisão de contrato bancário, a redução para, no máximo, 10 páginas. Para ele, "a utilização de peças extensas não se coaduna à realidade do Judiciário brasileiro, impossibilitando e, por vezes inviabilizando, a efetividade da prestação da tutela jurisdicional". O advogado Alexandre Traiczuk, que defende o autor, tentou por meio de recurso derrubar a determinação. Porém, a 2ª Câmara de Direito Comercial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina considerou a decisão correta. "Uma peça bem enxuta, clara e bem fundamentada é lida e tem chance de ser acatada. Já outra, com 20, 35 e 50 folhas, provavelmente não", diz em voto o relator, desembargador Luiz Fernando Boller. As informações são do jornal.

Habeas Corpus
Numa petição que classifica a prisão de Marcelo Odebrecht, presidente do grupo Odebrecht, de "espetáculo" e "descalabro", os advogados do empresário apresentaram nesta quinta (25/6) um pedido de libertação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Eles sustentam que a prisão de Marcelo foi feita a partir de "pífias ilações" como "retaliação contra os que ousam se defender". "Em tenebrosa desnaturação da finalidade da custódia preventiva, Marcelo parece ter sido encarcerado para dar uma espécie de recado — algo como 'ninguém está livre da 'lava jato'", escrevem. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Sigilo do advogado
A seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil pediu ao juiz Sergio Moro a devolução de e-mails e arquivos de advogados do grupo Odebrecht. O material foi recolhido em busca e apreensão realizada na empresa na última sexta-feira (19/6), com autorização do juiz. Caso esse requerimento não seja atendido, a entidade pede que o magistrado, alternativamente, determine que representantes da OAB acompanhem a seleção do material apreendido. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Delação premiada
Relator no Supremo Tribunal Federal dos inquéritos que apuram o envolvimento de políticos no esquema de corrupção na Petrobras, o ministro Teori Zavascki confirmou o acordo de delação premiada entre a Procuradoria-Geral da República e Ricardo Pessoa, dono das empreiteiras UTC e Constran. Ele é apontado como líder do cartel de empresas associado para desviar recursos da Petrobras e que envolvia pagamento de propina para políticos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Mais denúncias
Em entrevista ao jornal O Globo, o procurador Carlos Fernando Lima disse que a "lava jato" não denunciou à Justiça ainda nem 25% dos investigados. Segundo ele ainda há informações de corrupção em outras diretorias que estão sendo investigadas. Ao comentar o HC em favor do ex-presidente Lula, o procurador diz que a peça beira a ofensa pessoal ao juiz Sergio Moro. Lima diz ainda que a participação da Odebrecht no esquema de corrupção na Petrobras é certa e que a denúncia ao Cade por cartel é uma questão de tempo.

Pedido de prisão
O Ministério Público Federal, em suas alegações finais, pediu ontem à Justiça as condenações de executivos da Galvão Engenharia e da Engevix, pela participação no esquema de desvio de dinheiro público de obras da Petrobras. No total, os procuradores pedem que os réus das duas empresas devolvam R$ 339 milhões à Petrobras e que alguns de seus executivos sejam condenados a mais de 30 anos de prisão. As informações são do jornal O Globo.

Ações nos EUA
Na primeira audiência sobre a ação coletiva movida contra a Petrobras na Corte de Nova York, o juiz Jed Rakoff disse, nesta quinta-feira (25/6), que decidirá em até duas semanas se encerrará o caso, como quer a estatal brasileira, ou se dará sequência ao processo. Caso o juiz mantenha a ação na corte, defesa e acusação começarão a elaboração de provas e argumentos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Pedido negado
O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, responsável pelos processos da operação "lava jato", não liberou os réus Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa para participar de acareações na CPI da Petrobras, agendadas nas próximas três semanas. Eles não podem viajar a Brasília nos dias marcados pela CPI, e Moro pediu que a comissão remarque as datas. As informações são do jornal Valor Econômico.

eSocial
O cronograma do eSocial foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25/6). As grandes empresas, que faturaram mais de R$ 78 milhões em 2014, deverão iniciar o uso do sistema a partir de setembro de 2016. Com a exigência, as companhias deverão prestar informações, praticamente em tempo real, sobre obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas ao governo federal. As informações são do jornal Valor Econômico.

Maioridade Penal
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou nesta quinta-feira (25/6) que colocará em votação na próxima terça-feira (30/6) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da redução da maioridade penal. O texto sobre a maioridade que será votado no plenário será o relatório do deputado Laerte Bessa (PR-DF), aprovado no último dia 17, que reduz de 18 para 16 anos a idade penal para os crimes considerados graves. As informações são do portal G1.

Desoneração em folha
O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu, nesta quinta-feira (25/6), a votação do Projeto de Lei 863/15, do Poder Executivo, que aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia com desoneração da folha de pagamentos. O texto do projeto aumenta as duas alíquotas atuais de 1% e 2% para, respectivamente, 2,5% e 4,5%. Mesmo com esse aumento, 40% das empresas da indústria continuarão beneficiadas pela desoneração. O texto ainda precisa ser aprovado no Senado. As informações são do portal iG.

MP do Futebol
Após alguns adiamentos, a Medida Provisória do Futebol avançou no Congresso. O texto, que prevê o refinanciamento das dívidas dos clubes mediante contrapartidas, foi aprovado nesta quinta-feira (25/6) em comissão na Câmara e agora depende da anuência do plenário da Casa e do Senado para virar lei. A MP precisa ser votada e aprovada até o dia 17 de julho, senão perde validade. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Operação andaime
Uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (26) no Sertão da Paraíba busca desarticular uma quadrilha especializada em fraudar licitações em 16 prefeituras do Sertão paraibano. É estimado que cerca de R$ 18 milhões de verbas federais foram desviadas pelos criminosos desde o ano de 2009. De acordo com o Ministério Público Federal, a quadrilha fraudava licitações e contratos públicos em obras e serviços de engenharia e realizava a venda de notas fiscais. Os crimes também incluem lavagem de dinheiro através de empresa fantasma. As informações são do portal G1.

Pedaladas fiscais
Durante evento sobre práticas de boa governança, em São Paulo, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, relator do processo das contas do governo Dilma Rousseff referentes a 2014, comentou o documento assinado pelo ex-secretário do Tesouro Nacinoal Arno Augustin em que ele assume a responsabilidade sobre as manobras contábeis, mas defende a legalidade das medidas, que ficaram conhecidas como "pedaladas fiscais". "Não adianta o Arno Augustin dizer que foi ele que fez as pedaladas. As contas são da presidente", disse o ministro, durante a abertura do terceiro dia de trabalhos do 3º Congresso Internacional de Compliance & Regulatory Summit. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pimentel investigado
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (25/6) operação em que investiga o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), pela prática de possíveis atos de corrupção e lavagem de dinheiro e por participação em organização criminosa supostamente chefiada pelo empresário Benedito Oliveira. A PF formulou a acusação contra o governador em relatório apresentado na chamada pperação acrônimo 2 ao ministro Herman Benjamin, relator do inquérito sobre o assunto no Superior Tribunal de Justiça. As informações são do jornal O Globo.

MP 668
Recentemente publicada, a Lei 13.137, fruto da conversão da Medida Provisória 668, deste ano, traz vários dispositivos que passarão pelo crivo do Judiciário. Algumas empresas já se preparam para questionar o adicional de 1% de Cofins-Importação e a vedação ao crédito correspondente. Outro dispositivo da lei que poderá ser contestado é o aumento do PIS e da Cofins-Importação para autopeças. As informações são do jornal Valor Econômico.

Acordo de acionistas
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entendeu que não cabe a ela verificar se houve algum tipo de fraude no acordo de acionistas da Usiminas na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que ocorreu no início de abril e que tratou da eleição do conselho de administração da siderúrgica. Na avaliação da autarquia, o acordo é "natureza privada". A autarquia entende que o acordo de acionista é instrumento contratual e configura como lei interna da companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Reajuste dos servidores
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para apresentar proposta de reajuste salarial de 21,3% para os servidores do Judiciário, entre 2016 e 2019. Lewandowski vai discutir a ideia com os servidores e voltará a conversar com o governo. O percentual oferecido por Barbosa é bem menor que a proposta feita pela corte, de aumento médio de 56%, dividido em seis parcelas semestrais, começando em 2016. A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas o governo tenta acordo, alegando o grande impacto fiscal. As informações são do jornal Valor Econômico.

Liberdade de expressão
Em evento da Academia Internacional de Televisão, no Rio, a presidente Dilma voltou a defender a liberdade de expressão “em todas as suas possibilidades”. "Existe, sim, liberdade de imprensa, como sempre defendi e continuo defendendo. Prefiro os ruídos e as críticas usuais e normais da democracia ao silêncio imposto nas ditaduras. A liberdade de expressão requer o devido espaço para o debate sem censura em todas os formatos de mídia", afirmou a presidente. As informações são do jornal O Globo.

Discriminação em São Paulo
Um empresário e um personal trainer que agrediram um universitário gay em 2012 em SP vão ter que pagar, cada um, multa de R$ 21.250. A punição foi aplicada pela Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania. André Cardoso Gomes Baliera foi xingado ao sair de uma farmácia em Pinheiros e revidou os insultos. Os autores desceram do carro e deram socos e chutes no estudante de direito. A defesa deles tentou caracterizar o caso como briga de trânsito, tese rejeitada pelo secretário Aloísio de Toledo César. Com base na fala de testemunhas, ele concluiu que o motivo das agressões foi discriminação em razão de orientação sexual. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Discriminação no Rio
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o projeto de lei 2.054/2013, que estabelece penalidades para estabelecimentos comerciais e agentes públicos do estado que discriminarem pessoas em razão de sua orientação sexual. O projeto ainda precisa da sanção do governador Luiz Fernando Pezão. A lei determina que a discriminação seja penalizada com advertência, multa de 50 Ufirs (R$ 127) a 50 mil Ufirs (R$ 127 mil), suspensão da inscrição estadual por até 30 dias ou cassação da inscrição estadual, em caso de reincidência. As informações são do jornal O Globo.

Foie gras
O prefeito Fernando Haddad sancionou, nesta quinta-feira (25/6), o projeto de lei que proíbe a venda e a produção de foie gras na cidade. Ao sancionar o projeto, Haddad contrariou parecer de juristas e da Procuradoria-Geral do Município, que viam inconstitucionalidade no texto — não caberia à cidade proibir a venda de um produto. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Prisões ilegais
A Justiça determinou a soltura dos 203 suspeitos de depredar a sede do Sindicato dos Comerciários, no Centro, na semana passada. Na decisão, o juiz Marcos Augusto Ramos Peixoto, da 37ª Vara Criminal, classificou a manutenção da prisão de “flagrantemente ilegal”. O juiz justificou a decisão dizendo que os suspeitos ficaram detidos por mais de seis dias sem que fosse pedida, pelo Ministério Público (MP) estadual, a conversão da prisão em flagrante para preventiva. As informações são do jornal O Globo.

Investimento em saúde
O Ministério Público Federal entrou com ação civil pública na Justiça cobrando do governo de Minas Gerais o repasse de R$ 14,2 bilhões para a área de saúde. Segundo a Procuradoria da República, esse é o montante que deixou de ser investido entre 2003 e 2012 nos governos dos tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia — atualmente senadores  em descumprimento à Emenda Constitucional 29, que obriga aplicação mínima de 12% do orçamento na área. Os procuradores afirmam na ação que no período de 10 anos ocorreram também manobras contábeis para aparentar o cumprimento da emenda “em total e absurda indiferença ao Estado de Direito”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Revista Consultor Jurídico, 26 de junho de 2015, 11h12

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

Com base em irregularidades que estariam sendo cometidas em Santa Catarina, o Conselho Nacional de Justiça decidiu apurar se os tribunais do país estão cumprindo as regras para a concessão de auxílio-moradia aos magistrados. Segundo o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, há informações de que alguns estariam extrapolando o teto, fixado em R$ 4.377,73 por meio de portaria publicada em outubro do ano passado. As informações são do jornal Valor Econômico.

Reforma política
Numa tentativa de tirar a reforma política do papel, senadores começaram a consultar ministros do Supremo para se certificar de que as mudanças feitas pelo Congresso não serão derrubadas pela corte. Na terça-feira (23/6), um grupo de senadores e três ministros do STF que integram o Tribunal Superior Eleitoral — Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux — se reuniram na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nessa quarta-feira (24/6), Renan e outro grupo de senadores foram até o STF conversar com o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. A avaliação que prevalece no Senado é a de que a Casa vai ter de melhorar o pacote da reforma política que foi aprovado pela Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aguardando o Supremo
A 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça decidiu paralisar o julgamento que discute a incidência do Imposto de Renda sobre juros de mora incidentes sobre verbas salariais pagas em atraso, decorrentes de demissão ou rescisão de contrato de trabalho. Os ministros vão esperar uma definição do STF sobre o tema, que será dada em repercussão geral. A decisão da 1ª Seção foi proferida por maioria de votos. Ficou vencida a ministra Regina Helena Costa, que preferia julgar a questão, por meio de repetitivo. As informações são do jornal Valor Econômico.

Bilhete polêmico
A apreensão de um bilhete escrito na prisão pelo presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, a seu advogado gerou polêmica e opôs integrantes da "lava jato" e a defesa do empreiteiro. No bilhete, entre orientações para a formulação de seu pedido de habeas corpus, Marcelo escreveu a expressão: “destruir e-mail sondas”. O trecho foi interpretado pela Polícia Federal como uma possível ordem do empresário para a destruição de provas. Já os advogados do empresário disseram que o contexto da mensagem deixa claro que ele usou o termo “destruir” no sentido de rebater as teses da acusação. As informações são do jornal O Globo.

Pagamentos identificados
A Polícia Federal tem pelo menos US$ 7 milhões da suposta propina paga pela Construtora Norberto Odebrechtno esquema de cartel e desvios na Petrobras, identificados em laudo pericial. São 24 registros de transações bancárias, entre 3 de abril de 2009 e 18 de maio 2012, descobertos a partir das confissões e documentos obtidos pela operação "lava jato". Os investigadores acreditam que essas transações servem de base para trilhar o caminho do dinheiro que circulou em contas secretas no exterior supostamente por ordem da empreiteira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Belo Monte
Tribunal de Contas da União vai iniciar uma investigação sobre recursos públicos usados na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (PA), maior obra em andamento no país. A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público para que fosse analisada a participação de empresas investigadas na operação "lava jato", que apura desvios de recursos na Petrobras, também nas estatais do setor elétrico. O ministro José Múcio Monteiro, responsável pelo processo no TCU, considerou que o fato de as empresas que formam o consórcio que constrói a hidrelétrica estarem sob investigação é motivo para o início de uma auditoria do tribunal nesse contrato. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Propina para fiscais
O doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da operação "lava jato", disse nessa quarta-feira (24/6), a promotores criminais de São Paulo e representantes da Corregedoria-Geral da Administração do Estado que pagou propina para fiscais do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, ligados à Secretaria Estadual da Fazenda. Os pagamentos, segundo Youssef, teriam sido feitos para que os agentes não cobrassem dívidas da empresa “Pirelli”. Segundo as investigações, estima-se que os valores podem chegar a pelo menos R$ 15 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Reajuste para aposentados
Em mais uma ação contra o ajuste fiscal, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta que estende a todos os aposentados e pensionistas do INSS as regras de reajuste do salário mínimo, prorrogadas até 2019. Hoje, o aposentado que ganha acima do mínimo tem o benefício corrigido apenas pela inflação. Se o Senado também aprovar a medida, ele passará a ter aumento real de acordo com o crescimento da economia. As informações são do jornal O Globo.

Desoneração da folha
Depois de três meses de negociações, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto de lei que reduz as desonerações das folhas de pagamento de 56 segmentos da economia. O texto ainda pode sofrer emendas. Os deputados ainda precisam analisar, nesta quinta-feira (25/6), emendas que resguardam  alguns setores do aumento de tributos. As informações são do Jornal do Brasil.

Execução extinta
O STJ julgou que a ação de cobrança individual contra empresa que teve pedido de recuperação judicial concedido deve ser extinta. Nesse sentido, ainda que a cobrança dos créditos tenha ocorrido antes da recuperação, o pagamento deverá se submeter às regras do plano aprovado em assembleia-geral. Segundo o relator, ministro Luis Felipe Salomão, não há a possibilidade de a execução individual de um crédito constante no plano de recuperação  antes suspens prosseguir no juízo comum, mesmo que haja inadimplemento posterior. As informações são do jornal Valor Econômico.

Extradição de Pizzolato
O conselho do estado italiano marcou para o dia 22 de setembro uma nova audiência para avaliar o processo de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado pela Justiça brasileira por envolvimento no processo do  mensalão. O argumento da segunda e última instância da Justiça administrativa italiana é que as garantias apresentadas pelo governo brasileiro não foram suficientes para que Pizzolato cumpra pena em presídio brasileiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Baixo investimento
Um dia após o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, chamar o sistema prisional brasileiro de “escola de criminalidade e de violações de direitos humanos”, levantamento mostra que o governo federal só aplicou, de 2011 a 2015, 16,7% dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), gerido pela pasta de Cardozo. Dos R$ 2,4 bilhões autorizados no período, só R$ 402 milhões foram pagos. O governo alega que, além do contingenciamento de parte dos recursos, os estados têm dificuldade de avançar em projetos contratados com as verbas federais, o que retarda os repasses. As informações são do jornal O Globo.

Saúde em presídios
Com a terceira maior população carcerária do país, atrás de São Paulo e Minas Gerais, o Rio de Janeiro aparece em último lugar no ranking sobre acesso ao sistema de saúde pelos detentos, direito garantido em lei. Segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), divulgado pelo Ministério da Justiça, apenas 1% dos presos do estado se encontra em unidades com módulos de saúde, o índice mais baixo do Brasil. O estudo aponta ainda que nenhum dos 50 presídios conta com médicos, psicólogos e assistentes sociais, o que configura também a pior situação do país. As informações são do jornal O Globo.

Espionagem de presidentes
A França convocou nessa quarta-feira (24/6), a embaixadora dos Estados Unidos para explicar as denúncias de espionagem americana sobre autoridades francesas, que foram classificadas pelo presidente francês, François Hollande, como "inaceitáveis". Hollande fez uma reunião de emergência com ministros e comandantes militares após revelações feitas pelo site WikiLeaks, segundo o qual a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) teria espionado os três últimos presidentes da França. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Emissões de gases
Um tribunal local ordenou que o governo da Holanda reduza as emissões de gases que provocam o efeito de estufa mais rapidamente do que vem ocorrendo atualmente, em raro uso do sistema legal para conter o aquecimento mundial. Um juiz em Haia disse que o Estado deve "assegurar que as emissões holandesas sejam pelo menos 25% mais baixas em 2020 do que em 1990", como justa participação da Holanda para evitar mais ondas de calor, inundações e elevação dos mares. As informações são do jornal Valor Econômico.

Suborno na Itália
A Procuradoria de Nápoles, na Itália, pediu nesta quarta-feira (24/6) uma pena de cinco anos de prisão para o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi pela compra e venda de apoio no Parlamento durante o último governo de seu rival Romano Prodi (2006-2008). O ex-Cavaliere é acusado de ter subornado diversos senadores, com destaque para Sergio De Gregorio, para que eles deixassem a base aliada do então premier e derrubassem seu gabinete, o que efetivamente aconteceu em maio de 2008. As informações são do Jornal do Brasil.

Leilão de usina
O Superior Tribunal de Justiça negou um recurso à Cemig, que pleiteava a prorrogação do contrato da usina hidrelétrica de Jaguara, em Minas Gerais, vencido em 2013. A Cemig vinha mantendo a sua concessão por meio de uma liminar. Por seis votos a dois, a 1ª Sessão do STJ recusou o mandado de segurança da empresa elétrica. Com a queda da liminar, a concessão retorna à União, e o governo poderá levar a usina hidrelétrica novamente a leilão. As informações são do jornal O Globo.

Lei da homofobia
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um parecer no qual diz que o tribunal não pode impor ao Congresso Nacional “prazo peremptório para finalizar” o projeto de lei sobre criminalização da homofobia no país. Para ele, isso não é possível mesmo que o parlamento tenha ultrapassado “qualquer lapso aceitável de tramitação”. No documento, Janot voltou a defender que a homofobia e a transfobia sejam classificadas como crime de racismo. O parecer foi dado em ação proposta pelo PPS na qual o partido pede que o STF declare a omissão do Congresso por não ter votado a homofobia.  As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compra suspensa
O Tribunal de Contas da União determinou, em medida cautelar, a suspensão da compra pelos Correios de 49,99% da empresa Rio Linhas Aéreas. Na ocasião, a estatal se preparava para contratar a empresa sem licitação. A liminar foi assinada pelo ministro Bruno Dantas, relator do processo. O ministro considerou que há risco aos cofres públicos, e determinou cautelarmente a interrupção do negócio, até o julgamento do mérito em plenário. As informações são do jornal O Globo.

Desistência de processos
A JBS decidiu desistir de cerca de 100 mil processos que estão hoje em tramitação envolvendo a empresa no Tribunal Superior do Trabalho nos quais já há jurisprudência pacificada a favor dos trabalhadores. "Vamos discutir apenas o que é útil e reduzir bastante o passivo. Aqui no TST, por exemplo, vamos desistir imediatamente de 10% dos processos, que já são processos perdidos", afirmou Francisco de Assis e Silva, diretor executivo de Relações Institucionais da JBS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cartel no metrô
A Justiça aceitou nova denúncia do Ministério Público contra seis executivos acusados de fraudar licitações para a reforma de 98 trens no metrô de São Paulo. Passaram a ser réus no processo César Ponce de Leon (Alstom), Wilson Daré, Maurício Memória e David Lopes (todos da Temoinsa), Telmo Giolito Porto (Tejofran) e Adagir Abreu (MPE). De acordo com a denúncia do MP do dia 20 de maio, o valor das licitações sob suspeita de fraude é de R$ 1,75 bilhão. As informações são do Jornal do Brasil.

Avaliação negada
O Órgão Especial do Tribunal Regional Federal 2ª Região negou pedido do juiz federal Flávio Roberto de Souza, aquele pego dirigindo o Porshe de Eike Batista, para passar por nova avaliação psiquiátrica. É que a defesa do magistrado contestou a que foi feita pelos profissionais do tribunal. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Morte na ditadura
O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou sete ex-agentes do aparato de repressão da ditadura militar pela morte do metalúrgico Manoel Fiel Filho, em janeiro de 1976. Segundo a Procuradoria da República, preso por suspeita de ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), Fiel Filho foi torturado e estrangulado nas dependências do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do antigo II Exército, na capital paulista. Os denunciados devem responder por homicídio triplamente qualificado e falsidade ideológica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Escravas sexuais
Dez sul-coreanas forçadas a serem escravas sexuais pelo exército imperial do Japão durante a Segunda Guerra Mundial pretendem processar o governo japonês em um tribunal da Califórnia, nos Estados Unidos, no dia 1º de julho. Elas reivindicam U$ 20 milhões. As mulheres anunciaram que apenas deixarão de abrir o processo se, até lá, o governo do Japão oferecer uma indenização razoável e desculpas sinceras. As informações são do jornal O Globo.

Crimes de guerra
A Autoridade Palestina entregará nesta quinta-feira (25/6) documentos ao Tribunal Penal Internacional (TPI) destacando supostos crimes cometidos por Israel na Cisjordânia ocupada e na guerra de Gaza, em 2014. Investigadores da ONU disseram, na segunda-feira (22/6), que grupos israelenses e palestinos cometeram graves abusos durante o conflito de Gaza que podem ser considerados crimes de guerra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Máfia do ISS
A Justiça de São Paulo aceitou, após dez meses de análise, denúncia contra o chefe da Arrecadação municipal da gestão Gilberto Kassab (PSD), Ronilson Bezerra Rodrigues. Réu por lavagem de dinheiro, concussão (quando um servidor recebe vantagens em razão de seu cargo) e formação de quadrilha, o ex-servidor, apontado como chefe da Máfia do Imposto sobre Serviços (ISS), responde ao processo em liberdade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Simulação de contratos
Réu na Espanha acusado de corrupção privada e simulação de contratos, o jogador Neymar também é pressionado pela Justiça brasileira. A juíza Thaís Coutinho, de Santos, determinou que o jogador apresente todos documentos que envolveram sua transferência do Santos para o Barcelona. A abertura dos papéis é um pedido da Terceira Estrela Investimentos, que tinha 5% dos direitos do jogador. A juíza diz que "há robustas evidências" de que o valor real da transferência tenha sido ocultado. As informações são do jornalFolha de S.Paulo.

Multa por monopólio
A Eli Lilly foi condenada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a pagar R$ 36,6 milhões por ter atuado de modo a impedir o desenvolvimento de medicamentos genéricos no Brasil e tentativa de obter monopólio a um princípio ativo utilizado em remédios de combate ao câncer de mama, entre outros. A empresa foi acusada pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) de agir para obter a comercialização exclusiva do remédio Gemzar. As informações são do jornal Valor Econômico.

OPINIÃO
Paradoxo do prisioneiro

Quanto mais se prende, mais fica claro que, para funcionar, o sistema precisa encontrar outras formas de punição que não a cadeia, diz o jornalFolha de S.Paulo em editorial. Segundo o jornal, as projeções indicam que apenas para manter o sistema em condições tão ruins quanto as atuais, dentro de sete anos o país precisaria quase dobrar o total de presídios e cadeias.

Cotas no Legislativo
Em artigo publicado no jornal O Globo, a procuradora do Estado de São Paulo Flávia Piovesan e a advogada Victoriana Gonzaga afirmam que é preciso aprimorar a política de ações afirmativas em prol de mulheres e afro-descendentes no Legislativo, inclusive com a criação de cotas, para democratizar os espaços de poder, o que, segundo as autoras, "é medida essencial para assegurar maior legitimidade, qualidade e densidade democrática". 

Religião nas escolas
"Querer tirar o ensino religioso é pretender a exclusão do nosso multiculturalismo e do outro. Quem não quiser aula de religião, não assista", afirma o juiz William Douglas, em artigo publicado no jornal O Globo. Em sua opinião, eliminar a diversidade religiosa, ou sua menção no espaço público não é característica do Estado laico, mas do Estado confessional ateu. 
Revista Consultor Jurídico, 25 de junho de 2015, 11h22

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta-feira

A proposta do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes de adiar por até cinco anos o início da vigência do novo Código do Processo Civil (CPC) gerou polêmica. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, reagiu: ''A sociedade não tolera mais um Judiciário moroso, onde os litígios são eternos. Adiar a vigência do novo CPC vai na contramão deste desejo'', afirmou. Gilmar Mendes rebateu. Disse que alterar prazos processuais de cinco dias corridos para cinco dias úteis, demanda dos advogados incluída no CPC, prejudicam a celeridade dos processos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Lei de mediação
Prevista para ser sancionada ainda neste mês pela presidência da República, a Lei da Mediação autorizará a inclusão de uma cláusula compromissória em contratos privados ou firmados com o poder público para obrigar as partes a tentar resolver conflitos por meio dessa ferramenta antes de levá-los ao Judiciário. Empresas, como o Itaú Unibanco, esperam apenas a publicação da norma — oriunda do Projeto de Lei (PL) 7.169, de 2014 — para seguir esse caminho. Especialistas acreditam que a Lei da Mediação poderá reduzir a judicialização  o que, consequentemente, acarretaria em menos custos e tempo para a resolução de conflitos. As informações são do jornal Valor Econômico.

Pelo celular
O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, adiantou-se à Lei de Mediação e inaugurou em março um centro de conciliação e mediação, que até fechou acordos via WhatsApp. Até agora, cinco casos foram resolvidos por meio do aplicativo de celular. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro também está trabalhando na implantação de uma central de mediação presencial e on-line. Em um primeiro momento será exclusiva aos casos de relação de consumo e depois deve abranger também as execuções fiscais, que envolvem o poder público (Estados e municípios). Ambas representam, respectivamente, 35% e 55% dos 11 milhões de processos que tramitam na Justiça fluminense. As informações são do jornal Valor Econômico.

CPI do Carf
A CPI do Senado que investiga denúncias de irregularidades do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) quer explicações dos executivos de grandes montadoras do país. A comissão aprovou ontem a convocação de 15 pessoas — entre ex- funcionários do Carf e empresários. As empresas são suspeitas de pagar propina para manipular resultados de julgamentos internos do Ministério da Fazenda. As informações são do jornal O Globo.

Corrida ao Judiciário
A publicação ontem da Lei 13.137 levará mais empresas a propor ações judiciais contra o adicional de 1% sobre a Cofins-Importação, devido por diversos segmentos. Assim como a questionar a proibição expressa do uso de créditos relativos ao percentual. Embora companhias da área têxtil, automotiva e de borracha já peçam na Justiça o direito ao uso dos créditos, só agora poderão argumentar que a vedação não era válida antes, porque não estava prevista em lei. Aliado a isso, a atual necessidade econômica de caixa das empresas é outro fator a encorajar as disputas judiciais. As informações são do jornal Valor Econômico.

Pedido de liberdade
As chances de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região determinar a soltura de Marcelo Odebrecht nos próximos dias é considerada remota pela equipe de defesa do empreiteiro. Na melhor das hipóteses, ele só sairia da prisão em julho, por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Na pior, por esse raciocínio, em setembro, quando o caso então chegaria ao plenário do Supremo Tribunal Federal. O Supremo já determinou que outros envolvidos na "lava jato" deixassem a cadeia, contrapondo-se a decisões do juiz Sergio Moro. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Prisão mantida
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da "lava jato", negou nesta segunda-feira (22/6), o pedido da defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto de revogar sua prisão preventiva. No despacho, o magistrado elenca os depoimentos de cinco delatores da "lava jato" citando o ex-tesoureiro como operador de propinas do PT e aponta que “não houve uma alteração relevante do quadro probatório” que levou à prisão do ex-tesoureiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Novos processos
O Superior Tribunal de Justiça recebeu mais dois processos ligados à "lava jato". Um deles é um inquérito contra o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte e outro, um pedido de inquérito que envolve um desembargador de Santa Catarina. Os dois casos foram encaminhados pelo Ministério Público Federal ao ministro Luis Felipe Salomão, relator da "lava jato" no STJ. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Lavagem de dinheiro
O Ministério Público Federal apresentou uma nova denúncia contra o ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR) sob acusação de lavar de dinheiro na compra de um imóvel de luxo em Londrina. Se a acusação for aceita pela Justiça, Vargas poderá ser réu na segunda ação penal decorrente das investigações da operação "lava jato", que apura o esquema de corrupção na Petrobras. Ele já responde a acusações de de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Discriminação de concorrentes
A juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara Federal de Brasília, suspendeu a medida preventiva que foi imposta pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que a Petrobras pare de discriminar empresas concorrentes do mercado de gás canalizado. O Cade está há nove anos tentando impedir o que qualificou como prática anticompetitiva no setor, sem sucesso devido a recursos contra suas determinações e a decisões da Justiça Federal. A decisão da juíza está sob sigilo e as partes envolvidas não podem comentar o assunto. As informações são do jornal Valor Econômico.

Concentração de mercado
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu procedimento para apurar a concentração de mercado gerada pela aquisição pelo empresário Abilio Diniz de ações do Carrefour. Diniz é também presidente do Conselho de Administração da gigante de alimentos BRF. A superintendência geral do órgão vai apurar se a operação gera concentração significativa, o que significa que deveria ter sido notificada ao conselho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presos em Guantánamo
Quase cem organizações — entre elas a ONG brasileira Conectas Direitos Humanos — farão denúncia nesta quarta-feira (24/6), na ONU, contra os EUA por manter detentos na prisão de Guantánamo sem processo. A cobrança, segundo elas, será "contundente". O presidente Barack Obama prometeu, em vão, fechar a base por causa de torturas e pela situação jurídica indefinida dos presos. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Recuperação judicial
A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo aprovou o pedido de recuperação judicial da Lupatech solicitado em conjunto pela empresa e outras subsidiárias do grupo. Ao final de maio, o conselho de administração aprovou pedido de recuperação judicial, em medida de urgência, e em seguida convocou acionistas para deliberar sobre a decisão no dia 11 de junho, o que foi aceito. A empresa diz que a medida é necessária por conta da "adversa conjuntura no setor de óleo e gás". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quebra de sigilo
O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Gabriel Chalita, secretário de Educação da gestão Fernando Haddad (PT), dando continuidade às investigações que o colocam como suspeito de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, peculato, fraude a licitação e formação de quadrilha, que teriam sido praticados quando ele foi secretário estadual da Educação, entre 2002 e 2005, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Chalita sempre negou as acusações. Os promotores criminais também pediram que a medida alcance o empresário Chaim Zaher e outros funcionários públicos que trabalharam no período investigado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Construção embargada
O Superior Tribunal de Justiça decide nesta quarta-feira (24/6) se a prefeitura do Rio de Janeiro terá que indenizar em R$ 500 milhões os donos de um terreno na Rua Benjamin Batista, na encosta do Corcovado, no Jardim Botânico.  Os proprietários queriam erguer no local um empreendimento de prédios. Mas a prefeitura negou autorização e, por decreto, transformou o terreno em área não edificante. A prefeitura alega que não há condições geológicas para construir no local, pois a área é de risco. Os donos de um terreno vizinho tentaram ação semelhante, que acabou arquivada. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Dragagem liberada
Após quase três meses de impasse, caiu na segunda-feira (22/6) a liminar que suspendia a licitação para as obras de dragagem no canal de acesso ao porto de Santos (SP). O certame estava suspenso desde 27 de março, quando a empresa Coencil Construções e Empreendimentos Civis conseguiu interromper o leilão na Justiça. O argumento, acolhido pela juíza federal Edna Márcia Silva de Medeiros Ramos, da 22ª Vara Federal de Brasília, era de que os documentos de habilitação exigidos para as empresas estrangeiras não eram claros. As informações são do jornal Valor Econômico.

OPINIÃO
Descriminalização das drogas

Em artigo publicado no jornal O Globo, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defende a descriminalização do uso de droga. "No Brasil, ainda tratamos o usuário de drogas como criminoso. Isso é um erro", afirma. Para FHC. qualquer debate sério sobre a descriminalização do uso de drogas tem que considerar também critérios de distinção entre usuários e traficantes, questão complexa ignorada pela legislação brasileira.

Direito a greve
Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o advogado Almir Pazzianotto Pinto, ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho, afirma que a greve foi uma das últimas entre as mais importantes conquistas das classes trabalhadoras. No entanto, em sua opinião, servidores remunerados com dinheiro do contribuinte não deveriam ter direito à paralisação. "O orçamento público não pode ser mera peça de ficção, sujeito a oscilações de acordo com a pressão das massas", diz.
Revista Consultor Jurídico, 24 de junho de 2015, 10h57