Apresentação

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira



Má gestão
A União poderá ter que pagar a conta pela corrupção na Petrobras, investigada na operação “lava jato”. Um grupo de fundos de investimento e de bancos, que veem suas ações minguarem a cada denúncia de desvio de recursos da petroleira, entrarão com processo no início de 2015 contra a União, sócia majoritária da estatal, e a Petrobras. Elas são acusadas de má gestão dos negócios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Delação premiada
O ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citou, em depoimentos sob acordo de delação premiada, 28 políticos envolvidos no suposto esquema de pagamento de propina envolvendo a estatal. A relação inclui ministro e ex-ministros do governo Dilma Rousseff, deputados, senadores, governador e ex-governadores, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, que informou ter obtido os nomes apontados por Costa em 80 depoimentos fornecidos entre agosto e setembro.

Multas da “lava jato”
A operação “lava jato” está rendendo dinheiro. Com a decisão da Setal de pagar multa de R$ 10 milhões no âmbito de um acordo de delação que fez com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, o montante arrecadado com essas penalidades chega a cerca de R$ 450 milhões. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Mais envolvidos
Relatório de análise bancária da Procuradoria-Geral da República concluiu que um dos delatores da operação “lava jato”, Julio Gerin Camargo, da Setal, negociou propina diretamente com o vice-presidente mundial da Samsung, Harry Lee, em contratos com a Petrobras para afretamento de navios que totalizaram US$ 1,2 bilhão. Segundo a perícia, a negociação teria ocorrido a mando do empresário acusado de operar para o PMDB, Fernando Soares, o "Baiano", que está preso preventivamente e responde a processo criminal por corrupção e lavagem de dinheiro. As informações são do jornal Valor Econômico.

Súmulas vinculantes
Criadas pela reforma do Judiciário para desafogar e evitar que temas menores cheguem ao Supremo Tribunal Federal, a súmula vinculante e a repercussão geral, apesar dos bons resultados trazidos inicialmente, são ferramentas que, na análise de ministros e advogados, precisam ser repensadas. A primeira porque é pouco utilizada, em razão da burocracia para a aprovação dos enunciados, e a segunda pela demora com que os temas de relevância são julgados pela Corte. Há 316 temas que aguardam uma decisão da Corte. O STF levará ao menos 12 anos para acabar com esse estoque se mantiver o ritmo de julgamentos atual, conforme cálculos do ministro Luís Roberto Barroso, defensor de mudanças nesse procedimento. O ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF, afirma que os dois mecanismos são prioridades de sua gestão e que, para torná-los mais eficientes, basta vontade política dos integrantes da corte. As informações são do jornal Valor Econômico.

Maria da Penha
Um homem foi enquadrado na Lei Maria da Penha por agressão a seu companheiro. A vítima é um arquiteto italiano casado há dez anos com um brasileiro. A queixa foi registrada na 13 ª DP, em Copacabana. Um homem foi enquadrado na Lei Maria da Penha por agressão ao seu companheiro, quarta passada. A vítima é um arquiteto italiano casado há dez anos com um brasileiro. A queixa foi registrada pelo advogado dele, Ubiratan Guedes, na 13ª DP, comandada pelo delegado Gilberto Cardoso. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Pensão vitalícia
A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), que renunciou ao mandato no último dia 10, voltará a receber uma pensão vitalícia de R$ 24 mil mensais. O ato, assinado pelo governador em exercício do estado, Arnaldo Melo (PMDB), foi publicado no Diário Oficial do estado no dia 12, dois dias após a renúncia da peemedebista. A concessão de pensões vitalícias a ex-governadores é controversa, embora todos os ex-governadores do Maranhão — ou seus cônjuges — a recebam. Adversários políticos da ex-governadora Roseana Sarney informaram que vão recorrer à Justiça contra a concessão da aposentadoria vitalícia, tanto para ela como para os outros ex-governadores. As informações são do jornal O Globo.

Multa por água
Em meio à maior crise hídrica da história de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (18/12) multa para quem aumentar o consumo de água na capital e em 30 cidades da região metropolitana, a partir de janeiro. A Ordem dos Advogados do Brasil considera a medida “ilegal” e entidades de defesa do direito do consumidor ameaçam acionar o Ministério Público contra a sobretaxa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Erro em expulsão
Cinquenta anos depois da prisão, tortura e expulsão de nove chineses acusados de espionagem e subversão, o governo brasileiro reconheceu formalmente o erro cometido pela ditadura militar. Numa portaria publicada no Diário Oficial de ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anulou decreto de expulsão dos chineses assinado pelo ex-presidente Castelo Branco em 1965. Na portaria, Cardozo explica que anulou o decreto de Castelo Branco com base em decisão da Comissão Nacional da Verdade. As informações são do jornal O Globo.

Revista
 Consultor Jurídico, 19 de dezembro de 2014, 11h05Topo da página

Senado aprova aposentadoria especial para servidores com deficiência

Senado aprova aposentadoria especial para servidores com deficiência

O texto aprovado nesta quarta-feira foi discutido no Senado por oito anos. O projeto de lei complementar (PLS 250/2005), de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), define os requisitos para a concessão de aposentadoria especial aos servidores públicos com deficiência. A proposta, agora, será examinada pelos deputados. Saiba mais na reportagem de Iara Farias Borges, da Rádio Senado. http://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2014/12/senado-aprova-aposentadoria-especial-para-servidores-com-deficiencia Associe-se ao IBDP e tenha acesso a outras novidades.

Supremo analisa projeto do novo Estatuto da Magistratura

Supremo analisa projeto do novo Estatuto da Magistratura


19 de dezembro de 2014, 11h23
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, enviou aos demais ministros da corte a minuta de anteprojeto do Estatuto da Magistratura, que altera a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), de 1979. O novo estatuto deve ser remetido ao Congresso Nacional em 2015.
Em 2013, o então presidente do STF, Joaquim Barbosa, instituiu uma comissão para estudar e redigir[1]um projeto de lei complementar sobre a magistratura. De acordo com o artigo 93 da Constituição Federal, compete ao Supremo a iniciativa de lei complementar neste sentido. O comitê seria presidido pelo ministro Gilmar Mendes, e dele também fariam parte os ministros Ricardo Lewandowski e Luiz Fux.
Na época, Barbosa considerou que a Loman estava defasada, uma vez que ela entrou em vigor antes da Constituição Federal de 1988 e da Emenda Constituicional 45, que reformou o Judiciário e criou o Conselho Nacional de Justiça. O presidente do STF na época também destacou a necessidade de consolidação e sistematização dos vários esforços para análise do tema e para a elaboração de anteprojeto e de projeto de lei para regulamentação da matéria.
Cliqueaqui para ler a íntegra do anteprojeto.[2]

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Revista Consultor Jurídico, 19 de dezembro de 2014, 11h23

References

  1. ^ comissão para estudar e redigir ( http)
  2. ^ aqui (s.conjur.com.br)
  3. ^ Topo da página (www.conjur.com.br)

Ex-diretor citou em delação 28 políticos beneficiários do esquema na Petrobras

Ex-diretor citou em delação 28 políticos beneficiários do esquema na Petrobras

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve denunciar os envolvidos no esquema de desvios da estatal em fevereiro, quando tem início a nova legislatura
Primeiro delator da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citou em 80 depoimentos que se estenderam por duas semanas, entre agosto e setembro, uma lista de 28 políticos - que inclui ministro e ex-ministros do governo Dilma Rousseff (PT), deputados, senadores, governador e ex-governadores.
A reportagem obteve a lista completa dos citados. A relação inclui ainda parlamentares que integram a base aliada do Palácio do Planalto no Congresso como supostos beneficiários do esquema de corrupção e caixa 2 que se instalou na petrolífera entre 2004 e 2012.
Há nomes que até aqui ainda não haviam sido revelados, como o governador do Acre, Tião Viana (PT), reeleito em 2014, além dos deputados Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS), Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS). Entre os congressistas, ao todo foram mencionados sete senadores e onze deputados federais.
O perfil da lista reflete o consórcio partidário que mantinha Costa no cargo e contratos bilionários da estatal sob sua tutela - são 8 políticos do PMDB, 10 do PP, 8 do PT, 1 do PSB e 1 do PSDB. Alguns, segundo o ex-diretor de Abastecimento, recebiam repasses com frequência ou valores que chegaram a superar R$ 1 milhão - dinheiro que teria sido usado em campanhas eleitorais. Outros receberam esporadicamente - caso, segundo ele, do ex-senador Sérgio Guerra, que foi presidente nacional do PSDB e em 2009 teria pedido R$ 10 milhões para arquivar uma CPI da Petrobras no Senado.
Sobre vários políticos, o ex-diretor da estatal apenas mencionou o nome. Não revelou valores que teriam sido distribuídos a eles ou a suas agremiações.
Foram citados os ex-governadores do Rio Sérgio Cabral (PMDB), do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) - que morreu em um acidente aéreo em 13 de agosto, durante campanha presidencial.
Primeiro escalão
A lista inclui também o ex-ministro Antonio Palocci (PT), que ocupou a Esplanada nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma; os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o atual ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e ex-ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Mário Negromonte (Cidades).
Os 28 nomes são exclusivamente de políticos que teriam sido beneficiários dos negócios da diretoria de Costa. A Polícia Federal e a Procuradoria da República trabalham com outros nomes de políticos que se relacionavam com os ex-diretores da estatal Renato Duque (Serviços) e Internacional (Nestor Cerveró).
As revelações foram feitas em depoimentos prestados por Costa à força tarefa da Lava Jato e fazem parte do acordo de delação premiada firmado pelo ex-diretor com o Ministério Público Federal em troca de redução da pena. Desde que sua delação foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal, ele cumpre prisão em regime domiciliar, no Rio.
Alguns nomes dessa lista também aparecem na relação fornecida pelo doleiro Alberto Youssef, que firmou acordo semelhante - ainda não homologado pelo ministro Teori Zavascki, do STF. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve denunciar os envolvidos no esquema de desvios da estatal em fevereiro, quando tem início a nova legislatura.
A delação do ex-diretor da Petrobras, já homologada pelo Supremo, estava com Janot desde novembro. Ele aguarda o teor do depoimento de Youssef para cruzar os nomes citados, o que deverá ser realizado até o início da próxima legislatura.
Foro
Na troca da composição do Congresso, alguns dos citados perdem foro privilegiado e passam a ser julgados pela Justiça de primeira instância. Por decisão do ministro Teori Zavascki, as investigações permanecem divididas entre a Suprema Corte e a Justiça Federal no Paraná, onde serão investigados os acusados que não têm mandato.
A lista de 28 nomes foi revelada por Costa exclusivamente no âmbito da delação premiada. Como são citados políticos com foro privilegiado, o caso foi parar no STF. Em depoimentos à primeira instância da Justiça Federal, o ex-diretor da Petrobras não falou de políticos, mas citou que o PP, o PMDB e o PT recebiam de 1% a 3% sobre o valor dos contratos da estatal para abastecer caixa de campanha.
A investigação desvendou uma trama de repasses a políticos na estatal. A Lava Jato foi desencadeada em março e identificou a parceria de Costa com o doleiro Youssef. Na última fase da operação, deflagrada em 14 de novembro, foram presos os principais executivos e dirigentes das maiores empreiteiras do País, todos réus em ações penais por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, crimes de cartel e fraudes a licitações. (UAI)

Novo CPC busca resposta célere por parte do Judiciário

Novo CPC busca resposta célere por parte do Judiciário

CPC[1] busca agora respostas mais céleres por parte do Poder Judiciário na solução dos conflitos que lhe são apresentados. A afirmativa é do presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, ao comentar a aprovação do novo Código Processual Civil[2] (CPC[3]). A lei, aprovada pelo Senado em sessões na terça (16) e quarta-feira (17), espera agora a sanção presidencial. O presidente lembra que, nos últimos cinco anos, a Seccional Goiana participou de vários debates e reuniões para discutir o novo CPC[4] e que a matéria, além de representar uma conquista para a advocacia, tem um reflexo positivo na sociedade. O novoCPC[5] baseou-se na premissa de que necessária se faz a simplificação do sistema processual, através da criação, aperfeiçoamento e supressão de diversos institutos e, por isto, irá colaborar para uma justiça mais rápida, ressalta.
O novo Código, ao remover entulhos, dispositivos que atrasavam a marcha processual, pode reduzir em 50% o trâmite médio para a finalização de um processo, diz o presidente da Comissão de Processos Legislativos e Políticas Públicas da OAB-GO, Pedro Antônio de Oliveira Gonçalves, que acompanhou toda a votação do projeto no Senado, em Brasília. Na verdade, a nova lei dará azo ao princípio da razoável duração dos processos, comemora o conselheiro seccional Flávio Buonaduce Borges, especialista e doutorando em Direito Processual Civil.
Conquistas para advocacia
O novo Código de Processo Civil[6] (CPC[7]), aprovado pelo Senado e que irá à sanção presidencial, contém vários benefícios para os advogados. É o caso, por exemplo, do reconhecimento dos honorários como obrigação alimentar, com privilégios iguais aos créditos trabalhistas no processo e na execução da cobrança judicial. Os advogados públicos também ganham o direito aos honorários de sucumbência, valor pago pela parte vencida ao advogado que ganha a ação. Esse direito deverá ser regulamentado por lei.
Os advogados também podem comemorar a adoção de tabela de honorários com critérios mais objetivos nas causas vencidas contra a Fazenda Pública. Haverá escalonamento que pode impedir o arbitramento, pelos juízes, de valores considerados irrisórios, uma antiga queixa da categoria.
O novo CPC[8] também adota como regra geral a contagem de prazos processuais em dias úteis, o que favorece o acompanhamento. Outra conquista, sempre cobrada pela OAB, é a suspensão dos prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, para que os advogados possam marcar férias sem o risco de perder audiências e dias para recursos, entre outras medidas.
O texto deixa claro ainda que os honorários de sucumbência são devidos ao advogado e não à parte que venceu o processo, como entendiam alguns juízes. Esses honorários agora passam a ser pagos também na fase recursal, ou seja, ao julgar o recurso, o tribunal ampliará os honorários fixados em função do trabalho adicional do advogado nessa etapa.

References

  1. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  2. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  3. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  4. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  5. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  6. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  7. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  8. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)

Lei autoriza a utilização de seguro garantia em execução fiscal

Lei autoriza a utilização de seguro garantia em execução fiscal

Em novembro, foi publicada a Lei 13.043/2014[1], decorrente da conversão da Medida Provisória 651/2014, que, dentre outra medidas, alterou a Lei de Execuções Fiscais (Lei 6.830/80[2]) para incluir o seguro garantia no rol das garantias previstas para os débitos fiscais.
Antes da edição dessa norma, apenas a União aceitava expressamente essa espécie de garantia nas execuções fiscais. Estados e municípios costumavam rejeitá-la, justamente sob o argumento de que não havia previsão na Lei de Execuções Fiscais para sua aceitação.
Em razão do custo geralmente menor para emissão do seguro garantia em comparação àquele cobrado para emissão de fiança bancária, esta pode se tornar uma boa opção para o contribuinte que pretenda garantir débitos em ações executivas fiscais.
A advogada tributarista Carolina Martins Sposito, do Trench, Rossi e Watanabe Advogados, acredita que, com a nova lei, os estados e municípios devem passar a aceitar o seguro garantia nas execuções fiscais.
De acordo com Carlos Henrique Crosara Delgado, tributarista do Leite, Tosto e Barros Advogados, a Lei 13.043/2014 vai resolver um impasse que vigorava sobre o uso de seguro garantia em execuções fiscais. Por um lado, alguns doutrinadores entendiam que, como a Lei de Execuções Fiscais silenciava sobre o assunto, a regra do artigo 656, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil[3], que autoriza a substituição de penhora de bens por seguro garantia, deveria ser aplicada subsidiariamente. Por outro, o Superior Tribunal de Justiça vinha firmando jurisprudência contrária ao oferecimento desse tipo de garantia em processos tributários.
Delgado também explica que essa modalidade de garantia tem ganhado espaço “por ostentar liquidez próxima à do dinheiro em espécie a um custo financeiro atrativo, geralmente menor que o das cartas de fiança”.
Cibele M. Malvone Toldo, também do Leite, Tosto e Barros, concorda com o seu colega. “Trata-se de uma inovação bem-vinda em todos os sentidos. Para as empresas é uma nova opção que surge para a garantia de débitos fiscais, devendo ser menos onerosa e menos burocrática que a fiança bancária. Para o credor, por sua vez, representa segurança de pagamento, vez que as seguradoras assumem do débito garantido. E para as seguradoras representam um novo negócio, pois passam a ter atuação em um novo nicho de mercado, com público certo e determinado”, opina Cibele.
Já André Felix Ricotta de Oliveira, sócio do Innocenti Advogados Associados, tem visão oposta sobre as mudanças trazidas pela Lei 13.043/2014 . Ele classifica a medida como artificial, uma vez que só beneficia as grandes empresas, que poderão opor Embargos à Execução pagando apenas os juros do seguro garantia. Para ele, “seria mais eficiente a regulamentação da nomeação de precatórios à penhora”.

References

  1. ^ Lei 13.043/2014 (www.planalto.gov.br)
  2. ^ Lei 6.830/80 (www.planalto.gov.br)
  3. ^ Código de Processo Civil (www.planalto.gov.br)

Governador veta, mas Assembleia promulga lei que prevê delegacia 24h

Mesmo com o veto do governador André Puccinelli (PMDB), publicado no dia 8 de outubro deste ano, os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Campo Grande decidiram aprovar e promulgar a lei de política de amparo e assistência à mulher vítima de violência. A lei prevê, além de outras ações, delegacias 24 horas de atendimento à mulher.

A promulgação foi publicada no Diário Oficial do Estado de hoje (19), e aprovou a lei 4.609. A política prevê, de acordo com o projeto do deputado Laerte Tetila (PT), o atendimento às mulheres vítimas de atos de violência física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial.

Para isso serão criados centros de atendimento à mulher, em situação de violência, ações operacionais integradas com o Poder Judiciário, o Ministério Público e Defensoria, campanhas educativas e a implantação e funcionamento de DEAMs (Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher) em plantão de 24h. Além de outras ações.

Todos os municípios que não tiverem a delegacia 24h, terão que atender os casos de violência contra a mulher em salas separadas, com um número mínimo de mulheres na equipe. Todas as despesas, decorrente a implantação da lei, serão realizadas a partir de dotações orçamentárias do Estado, verbas originárias de convênios, parcerias e contratos, doações, prestações de serviços voluntários.

As ações serão implantadas no mandato do governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB), a partir de 2015. O promulgação foi assinada pelo deputado Jerson Domingos.

Fonte campograndenews

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Idosa de 71 anos é presa por tráfico de drogas em MS

Idosa de 71 anos é presa por tráfico de drogas em MS

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Tatiana Lemes


Idosa de 71 anos foi presa em casa na noite desta quarta-feira (17) por tráfico de drogas em Batayporã, a 306 quilômetros de Campo Grande. O local já foi alvo de outras operações no combate ao tráfico por várias vezes.
Policiais da Força Tática fizeram campana e observou o intenso movimento de usuários entrando e saindo antes de entrarem no imóvel. A equipe entrou no local e flagrou a idosa sentada no sofá com uma caixinha contendo 15 trouxinhas de crack.
Durante buscas, foram encontradas sob o suporte da televisão mais de 30 trouxinhas da droga prontas para o comércio. A polícia também apreendeu cinco aparelhos celulares de diversas marcas, R$ 174, dois cadernos de anotações e vários materiais utilizados para confecção do entorpecente.
A idosa afirmou aos policiais que comercializa drogas há dois meses e que cada trouxinha era vendida por R$ 10. A traficante foi presa em flagrante e encaminhada com o crack e os materiais apreendidos para a Delegacia de Polícia Civil.



Divulgação
fonte midiamax

Novo CPC vai à sanção

Novo CPC vai à sanção

O novo Código de Processo Civil[1] (CPC[2]) vai agora à sanção presidencial. Nesta quarta-feira (17), o Senado concluiu a votação da matéria, que tramitou no Congresso por mais de cinco anos. O texto-base, que incluía os principais itens que contemplavam a advocacia, havia sido aprovado ainda na noite de terça-feira (16). Na sessão de quarta, os senadores votaram os 16 destaques, pontos que receberam propostas de alteração e não foram unanimidade. A OAB-GO acompanhou todo o processo de votação e atuou junto ao Senado para que a nova lei fosse aprovada. O presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, enviou ofício aos senadores da bancada goiana destacando a relevância do novo CPC[3] para a advocacia e a sociedade, que depende da celeridade do Judiciário. O presidente da Comissão de Processos Legislativos e Políticas Públicas da OAB-GO, Pedro Antônio de Oliveira Gonçalves, acompanhou toda a votação do projeto no Senado, onde também conversou com senadores goianos sobre a relevância do CPC[4].
O novo Código de Processo Civil[5], que substitui o que está em vigor e que é de 1973, entra em vigor em um ano. Ele tem o objetivo de simplificar processos e acelerar decisões da Justiça, inclusive eliminando parte dos recursos hoje permitidos. Contém mais de mil artigos e introduz mudanças importantes para a advocacia. Confira:
os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho (art. 85, 14); a vedação da compensação de honorários em caso de sucumbência parcial (Art. 85, 14); a majoração, pelos tribunais, ao julgar o recurso, dos honorários fixados anteriormente, levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal (art. 85, 11); o advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio (art. 85, 15); os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência (art. 85, 19); contagem dos prazos em dias úteis (art. 217); férias dos advogados, com a suspensão dos prazos processuais entre 20 de dezembro e 20 de janeiro (art. 218); ordem cronológica para julgamentos (art. 12); carga rápida de até seis horas no caso de prazo comum às partes, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo (art. 107, 3º).

References

  1. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  2. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  3. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  4. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)
  5. ^ Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. (www.jusbrasil.com.br)

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira


O juiz Dasser Lattiere Júnior, da 4ª Vara Federal em São José do Rio Preto (SP) determinou a quebra dos sigilos telefônicos de um jornalista para descobrir a fonte de uma reportagem com base em informações de escutas telefônicas legais feitas pela Polícia Federal. Logo após a publicação das reportagens, o procurador da República Álvaro Stipp contatou o jornalista para que ele revelasse sua fonte. Diante da negativa, pediu a abertura de inquérito por coautoria em quebra de sigilo das investigações. Como não conseguiu identificar as fontes do repórter, a PF solicitou o arquivamento do processo. O pedido foi negado neste ano pelo procurador Svamer Cordeiro, que solicitou a realização de novas diligências, entre elas o pedido de quebra dos sigilos telefônicos do jornalista e do jornal. As informações são do jornalO Globo.

Investigação contra políticos
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá em fevereiro de 2015 investigação contra cerca de 30 deputados e senadores por envolvimento nas irregularidades na Petrobras que são alvo da operação “lava jato”. Os pedidos ocorrerão só em fevereiro porque, antes, é necessário homologar a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema criminoso. Janot enviou nesta quarta-feira (17/12) ao Supremo Tribunal Federal os documentos relacionados à delação e, agora, espera que o ministro Teori Zavascki, relator do caso, decida sobre a homologação. As informações são do jornal O Globo.

Denúncias aceitas
A Justiça Federal aceitou a última das seis denúncias propostas pelo Ministério Público Federal durante as investigações da operação “lava jato”. O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, Julio Camargo, da Toyo Setal, e o doleiro Alberto Youssef vão responder por superfaturamento na construção de dois navios. Assim, os 39 indiciados pelo MPF viraram réus no escândalo que desviou R$ 1,482 bilhão da estatal. As informações são do jornal O Globo.

Avanço no Judiciário
Ponto polêmico da reforma do Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça é apontado hoje por especialistas como um dos principais avanços no sistema jurídico brasileiro. É o órgão responsável pelo combate ao nepotismo e pela punição de juízes — 68 até agora —, algo antes impensável. E também pela modernização e transparência do Judiciário, com a divulgação de estatísticas que, há dez anos, não existiam. Antes da sua instalação, em junho de 2005, o CNJ sofreu seu primeiro ataque, por meio de ação direta de inconstitucionalidade da Associação dos Magistrados Brasileiros. Mas saiu fortalecido. Os ministros rejeitaram o pedido da entidade e criticaram o corporativismo da categoria. Hoje, a associação tornou-se aliada do CNJ. As informações são do jornal Valor Econômico.

Sem estrutura
O Conselho Nacional de Justiça luta atualmente por uma sede própria. Instalado provisoriamente em prédios cedidos pela União, com infraestrutura deficiente, o órgão já ouviu promessas, mas ainda não tem data para a mudança. De acordo com a assessoria de imprensa do CNJ, o órgão está atualmente dividido em cinco prédios. As informações são do jornal Valor Econômico.

Publicação contestada
O Conselho Nacional de Justiça apagou de sua página no Facebook publicação que foi chamada de "machista" e "sexista" por seguidores. A frase polêmica, ilustrada com a figura feminina que representa a Justiça, é atribuída a J. J. Calmon de Passos (1920-2008): "Jurista é esse homem apaixonado pela perseguição dessa bela mulher inconquistável que se chama justiça". Usuários questionaram se "só homens podem ser juristas". "Em nenhum momento, o CNJ teve o intuito de ofender os internautas ou difundir o machismo", diz o CNJ, em nota. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Aumento de salário
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram nesta quarta-feira (17/12), em votações simbólicas, o reajuste de seus salários e dos vencimentos das autoridades do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público. Os ministros do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República, que recebem R$ 29,4 mil, passarão a ganhar R$ 33,8 mil. O aumento vai gerar efeito cascata, reajustando salários no Judiciário e no Ministério Público. Também ampliará os gastos com pagamentos de servidores, já que os vencimentos dos ministros do STF são o teto do funcionalismo público. As informações são do jornal O Globo.

Feminicídio
O Senado aprovou nesta quarta-feira (17/12) a inclusão do crime conhecido como "feminicídio" no Código Penal. O termo define o homicídio praticado contra a mulher por razão de gênero ou mediante violência doméstica e/ou sexual. A pena definida pelo Código Penal para os crimes de "feminicídio" são de 12 a 30 anos de reclusão. O projeto segue agora para a apreciação na Câmara dos Deputados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diretrizes Orçamentárias
Em uma votação relâmpago, que durou menos de um minuto, o Congresso aprovou nesta quarta-feira (17/12) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015, proposição considerada vital para Palácio do Planalto para evitar uma "apagão financeiro" no início do próximo ano. O texto estabelece que a meta a ser perseguida pelo governo central no próximo ano será de R$ 55,3 bilhões, o que representa 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Contando o resultado de Estados e municípios, a meta do setor público consolidado passa a ser de R$ 66,3 bilhões (1,2%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Contas eleitorais
O PSDB ingressará com uma série de ações na Justiça Eleitoral pedindo investigações sobre a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), cuja diplomação está marcada para esta quinta (18/12). Presidido pelo senador Aécio Neves (MG), que perdeu a eleição presidencial deste ano para Dilma, o partido estuda até a apresentação de um recurso contra a diplomação. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Improbidade administrativa
A 22ª Câmara Cível do Rio de Janeiro condenou a Petrobras e a BR Distribuidora por improbidade administrativa. No início dos anos 2000, sem licitação, a empresa recebeu contrato de permissão de uso de terrenos para abrigar seus postos de gasolina em pontos nobre, como a Av. Atlântica. Segundo o relator, desembargador Marcelo Buhatem, a prefeitura será obrigada a fazer uma licitação para as áreas, e a Petrobras e a BR estão proibidas de fazer novos contratos com instituições públicas. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Redução de danos
Ficarão isentos de impostos municipais os dez imóveis atingidos pelo jato que levava Eduardo Campos e caiu em agosto, matando o presidenciável, assessores e pilotos. O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), vai sancionar lei que promove o perdão dos tributos devidos em 2014 e isenta os moradores de pagar IPTU e taxa de lixo, e os comerciantes, de ISS e taxa de licença, em 2015 e 2016. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Danos morais
Os executivos Julián Eguren, ex-presidente da Usiminas, e os ex-diretores Marcelo Chara e Paolo Bassetti entraram com ação de indenização por danos morais contra Paulo Penido, presidente do conselho de administração da siderúrgica mineira, sob a alegação de se "buscar a reparação pelos graves danos morais infligidos às suas imagem e reputação profissional, abaladas pela ilegal conduta do executivo ao destituí-los dos cargos que ocupavam na companhia". Os três executivos, todos indicados pela Ternium, sócia da companhia desde o início de 2012, foram destituídos no fim de setembro, após um racha na reunião do conselho da companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ações trabalhistas
O ministro Marco Aurélio Bellize, do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu recurso do Citibank para que os R$ 110 milhões pagos pela Petrobras ao empresário Nelson Tanure não fossem usados em ações trabalhistas de ex-funcionários do Jornal do Brasil. O dinheiro está bloqueado. Mas, agora, a juíza da 32ª Vara Cível do Rio de Janeiro já pode pedir a transferência do dinheiro para que a Justiça do Trabalho pague as indenizações, que somam uns R$ 70 milhões. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornalO Globo.

Ataque de hackers
Sony está enfrentando dois processos de quatro ex-funcionários que dizem que a companhia não fez o suficiente para prevenir que hackers roubassem dados pessoais de seus trabalhadores no ataque sofrido recentemente pela empresa. Os reclamantes pedem uma indenização por danos e querem que a Sony pague por serviços de monitoramento de crédito aos funcionários por ao menos cinco anos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Revista Consultor Jurídico, 18 de dezembro de 2014, 10h45

Processos em andamento não podem majorar pena, define Supremo

Processos em andamento não podem majorar pena, define Supremo


Inquéritos e ações penais em andamento não podem ser usados como motivo para aumentar a pena-base de réus condenados. Foi o que decidiu nesta quarta-feira (17/12) o Plenário do Supremo Tribunal Federal em Recurso Extraordinário com repercussão geral reconhecida.
O Supremo julgava recurso interposto pelo Ministério Público de Santa Catarina. Pedia que determinado réu não fosse considerado primário, para fins de cálculo da pena, porque já respondia a outros processos criminais.
A conclusão do caso aconteceu nesta quarta depois da leitura do voto do ministor Celso de Mello. Ele concordou com o relator, ministro Marco Aurélio, para quem a Constituição diz, no inciso LVII do artigo 5º, que ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença condenatória.
Marco Aurélio (foto) afirmou que diversos organismos internacionais, como o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e o Comitê de Direitos Humanos da ONU, pregam ser uma violação ao direito de defesa considerar alguém culpado antes da decisão do Judiciário. Isso autorizaria que fossem considerados processos em grau de recurso, mas o ministro apontou que a menção ao “trânsito em julgado” no texto constitucional impede o uso de casos pendentes de decisão na dosimetria da pena.
O vice-decano também citou a Súmula 444 do Superior Tribunal de Justiça, que segue a mesma orientação. “O lançamento no mundo jurídico de enfoque ainda não definitivo e portanto sujeito à condição resolutiva potencializa a não mais poder a atuação da polícia judiciária e a precariedade de certos pronunciamentos judiciais”, afirmou.
A decisão se deu por maioria. Ficaram vencidos os ministros Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Com informações da assessoria de imprensa do STF.
Revista Consultor Jurídico, 17 de dezembro de 2014, 22h04

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta quarta-feira


A operação "lava jato" movimenta a ponte aérea de advogados. É o caso do americano Richard Craig Smith, ex-procurador do Departamento de Justiça dos EUA, que veio ao Brasil prospectar clientes. Smith foi inclusive ao escritório de uma empreiteira, no Rio de Janeiro, que, pelo menos por enquanto, não foi indiciada pela Justiça. A bandeirada de um advogado desse porte, que só pode atuar aqui em parceria com um escritório brasileiro, custa uns US$ 4 mil por hora. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Interlocução com empreiteiras
O ex-ministro da Justiça e do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim herdou'' o papel de principal interlocutor das empreiteiras da operação "lava jato" com o Judiciário, atribuição que era de Márcio Thomaz Bastos até o mês passado, quando o advogado e ex-ministro morreu. Jobim tem autado como uma espécie de consultor de algumas das empreiteiras por meio de sua ligação com a construtora OAS. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Contratos superfaturados
O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, o ex-diretor de Serviços e Engenharia da estatal Renato Duque e outras seis pessoas por provocar um rombo de R$ 31,5 milhões nas contas da empresa. Eles são acusados de superfaturar quatro contratos firmados com a Andrade Gutierrez entre os anos de 2005 e 2010. O MP-RJ pede que a Justiça decrete a indisponibilidade de bens e a quebra dos sigilos fiscal e bancário de todos os denunciados. O caso será analisado, em caráter liminar, pela 5ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro. As informações são do portal O Globo.

Lei orçamentária
O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou na madrugada de terça-feira (16/12) para quarta-feira (17/14) em plenário que a sessão do Congresso Nacional que seria destinada à análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015 foi adiada para as 10h desta quarta. O adiamento ocorreu devido à demora da votação de uma medida provisória na Câmara. As informações são do portal G1.

Reforma do Judiciário
Reportagem do jornal Valor Econômico mostra que a reforma do Judiciário, que completa dez anos, aumentou as atribuições e o número de processos na Justiça do Trabalho. Com a Emenda Constitucional 45, esse ramo da Justiça ganhou a responsabilidade por ações relativas a sindicatos, danos morais e as execuções previdenciárias decorrentes do contrato de trabalho. O que poderia ser uma melhoria, porém, resultou em uma enxurrada de ações, sem o aumento da estrutura para a atender a nova demanda.

Nova reforma
Um dos ministros mais antigos do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra da Silva Martins Filho, atual vice-presidente, entende que o sistema adotado pela Justiça do Trabalho "está falido". Dez anos depois da reforma do Judiciário, os juízes estão sobrecarregados. Um dos motivos foi extinção da exigência de conciliação prévia. O Supremo Tribunal Federal (STF) a considerou inconstitucional. "Hoje não há nenhum dique", diz o ministro, que, em entrevista ao Valor Econômico ainda aponta outras falhas, como a falta de estímulos ao uso de alternativas para a solução de conflitos, a limitação da autonomia negocial coletiva e a complexidade do sistema recursal. "Teremos que ter mais cedo ou mais tarde uma grande reforma."

Operação Suíça
A Justiça Federal arquivou o processo da operação Suíça, polêmica investigação deflagrada em 2005 contra um grupo de executivos do Credit Suisse que integravam o escritório de representação da instituição financeira em São Paulo. O juiz Marcelo Costenaro Cavali, da 6ª Vara Criminal Federal, extinguiu a ação ao considerar que as provas reunidas estavam “contaminadas” pela ilicitude da interceptação telefônica, conforme julgamento anterior do Superior Tribunal de Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compra de música
A Apple foi beneficiada em um julgamento antitruste nesta terça-feira (16/12), quando um júri norte-americano decidiu que a companhia não agiu de forma imprópria quando restringiu as compras de música para usuários do iPod ao iTunes, loja digital da companhia. Os demandantes, um grupo de indivíduos e empresas que compraram iPods de 2006 a 2009, buscavam indenizações de cerca de 350 milhões de dólares da Apple, alegando que a companhia bloqueou injustamente fabricantes de aparelhos concorrentes. As informações são da revista Exame.

Presos por manifestar
A 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro negou nesta terça-feira (16/12) Habeas Corpus para revogar a prisão de Elisa Quadros Pinto, a Sininho, e de outros dois manifestantes. Os três são acusados de formação de quadrilha armada. Os três foram presos no início do mês por terem participado de um protesto em outubro, contrariando medida cautelar de julho. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Caso Amarildo
A juíza Ana Paula Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar, aceitou denúncia do Ministério Público e determinou, nesta terça (16/12), a prisão preventiva de quatro policiais militares acusados de envolvimento no desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, na favela da Rocinha (zona sul do Rio). A denúncia acusa, entre outros, o ex-comandante da UPP da Rocinha, major Edson Raimundo dos Santos, de corrupção ativa de duas testemunhas. Os quatro PMs já estão presos devido a uma medida cautelar. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Aposentadoria por invalidez
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (16/12) uma proposta de mudança na Constituição para estabelecer que servidores públicos aposentados por invalidez terão direito ao benefício integral, independentemente do motivo. A Proposta de Emenda à Constituição segue para análise do Senado. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Condenado por abuso
A juíza Cyntia Straforini, da 1ª Vara Criminal de Barueri (SP), condenou a 13 anos e 4 meses de prisão o ex-funcionário de um colégio da cidade acusado de abusar de três crianças na escola. Para a juíza, esse tipo de crime não costuma deixar outras provas além de relatos das vítimas, que não teriam razão para acusar um inocente. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Revista Consultor Jurídico, 17 de dezembro de 2014, 10h21