Dilma Rousseff consulta o Ministério Público para a nomeação dos ministros de Estado
A presidente Dilma Rousseff afirmou que irá consultar o Ministério Público antes de anunciar os novos ministros de Estado, a fim de que o Parquet exerça uma espécie de sabatina, informando se dentre os candidatos às posições há envolvidos na operação lava jato.
Isto ocorreu após o "Estado de São Paulo" arrolar uma lista com 28 nomes de políticos supostamente envolvidos no caso de corrupção, citados por Paulo Roberto Costa.
Trata-se de caso anômalo em que o Presidente da República busca, claramente, o auxílio do órgão ministerial com o objetivo de evitar nomeações que venham a ser alvos de questionamentos.
O art. 129[1] da Constituição Federal[2], que dispõe sobre as funções do Ministério Público, além de nada mencionar acerca da possibilidade do referido pedido, veda a utilização do referido órgão de forma consultiva:
O Ministério Público não pode interferir em atribuições exclusivas do chefe de estado e, caso manifeste-se sobre o assunto, estará, indiretamente, compartilhando responsabilidade pela nomeação dos cargos, o que poderia ser posteriormente utilizado como argumento do presidente para legitimar eventuais nomeações de políticos inidôneos.
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References
- ^ Artigo 129 da Constituição Federal de 1988 (www.jusbrasil.com.br)
- ^ CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (www.jusbrasil.com.br)
- ^ http://g1.globo.com/política/noticia/2014/12/dilma-diz-que-consultara-mp-antes-de-anunciar-novos-min... (g1.globo.com)
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