Apresentação

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira

A Justiça e o Direito nos jornais desta sexta-feira



Lei da Anistia
A punição de agentes públicos envolvidos com graves violações de direitos humanos, como recomendou a Comissão Nacional da Verdade em seu relatório final, vai depender sobretudo do comportamento do Judiciário frente à questão. Até agora os juízes têm se mantido em grande parte refratários à ideia de punição. De um conjunto de dez ações já encaminhadas à Justiça pelo Ministério Público Federal, pedindo punição para militares e policiais civis acusados de graves violações de direitos humanos na ditadura, apenas três estão em andamento. As outras sete ações foram paralisadas por decisão dos juízes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Investigação nos EUA
As empreiteiras brasileiras, acusadas na operação “lava jato” de pagar propinas em negócios com a Petrobras, começam a se preparar para a investigação do Departamento de Justiça americano sobre o caso. Os advogados estão alertando seus clientes de que elas podem ser enquadradas na lei anticorrupção americana e sofrer processos de investigação parecidos com o que a própria Petrobras está enfrentando. A preocupação entre as construtoras existe porque um processo desses, além de custar caro, pode restringir a capacidade de financiamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Defesa das empreiteiras
A reação das construtoras, depois que o Ministério Público Federal apresentou as denúncias à Justiça sobre o esquema de corrupção na Petrobras, foi uma combinação de crítica à condução das investigações e silêncio absoluto sobre as acusações. O advogado da construtora Mendes Junior, Marcelo Leonardo, disse que o Ministério Público cometeu “excessos, tanto quanto às pessoas como quanto às empresas envolvidas”. As informações são do jornal O Globo.

Denúncia de cartel
A denúncia apresentada ao juiz da 13ª Vara Federal do Paraná, os procuradores destacam que as acusações sobre a formação de cartel por parte das empreiteiras para fraudar as licitações da Petrobras serão apresentadas em outra oportunidade. “Registra-se que a imputação dos crimes mencionados de cartel, contra as licitações e tributários, será realizada em denúncia autônoma”, escreveram os procuradores da República no documento. As informações são do jornal O Globo.

Sem acordo
O acordo entre empreiteiras e Ministério Público em torno da possibilidade de delação premiada voltou à estaca zero. Depois da confusão envolvendo o nome do procurador-geral Rodrigo Janot, que foi criticado por colegas e decidiu encerrar conversas com as empresas, elas optaram por esperar as denúncias que serão apresentadas pelos promotores para voltar a se manifestar. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornalFolha de S.Paulo.

Doações a políticos
Documentos apreendidos nas sedes das construtoras Queiroz Galvão e Engevix, investigadas por suspeita de envolvimento no cartel para fatiar obras da Petrobras e cujos diretores foram presos pela Polícia Federal, revelam registros de repasses que teriam sido feitos a políticos e partidos nas eleições deste ano. Nos documentos não há confirmação de que os pagamentos foram feitos e, em caso afirmativo, se foram legais ou não. Nos registros, constam nomes de candidatos governistas e da oposição. Em pelo menos um dos papéis, apreendido na Engevix, há registros de valores que não aparecem no Tribunal Superior Eleitoral. As informações são do jornalO Globo.

No hospital
O doleiro Alberto Youssef deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba nesta quarta-feira (10/12) para ser internado em um hospital pela quinta vez desde que foi preso, em março. Segundo o advogado do doleiro, Antônio Figueiredo Basto, a remoção foi pedida pela defesa e autorizada pelo juiz Sergio Moro. O doleiro não se sentiu mal, mas passará pelo menos dez dias internado. Segundo Figueiredo Basto, Youssef apresenta um quadro de desnutrição. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Cálculo da Cofins
O Superior Tribunal de Justiça iniciou nesta semana a análise de recurso que discute se o ISS deve entrar no cálculo do PIS e da Cofins. Atualmente, a maioria das decisões da Corte aceita a inclusão do tributo, mas pelo menos três ministros da 1ª Seção já indicaram que poderão votar de forma favorável aos contribuintes. O relator, ministro Og Fernandes, votou de acordo com a jurisprudência dominante do STJ. Após o voto do relator, pediu vista o ministro Mauro Campbell Marques, que prometeu colocar a ação novamente em pauta em 11 de fevereiro de 2015. As informações são do jornal Valor Econômico.

Teste de HIV
Nenhum trabalhador brasileiro pode ser obrigado a fazer o teste de HIV ou a revelar o seu estado sorológico para o HIV, de acordo com portaria publicada nesta quinta-feira (11/12), no Diário Oficial da União pelo Ministério do Trabalho. A norma traz recomendações para combater a discriminação de pessoas com HIV e AIDS nos locais de trabalho, em cumprimento à recomendação 200 aprovada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em junho de 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pagamento de propina
Uma empresa americana de manutenção de motores de aeronaves admitiu à Justiça dos Estados Unidos que pagou propina à Força Aérea Brasileira (FAB) e ao gabinete do ex-governador de Roraima José de Anchieta Júnior (PSDB). Um comunicado do Departamento de Justiça dos EUA publicado na quarta- feira informou que a Dallas Airmotive pagará US$ 14 milhões de sanção penal por descumprir a lei que pune empresas do país que praticam corrupção no exterior. As informações são do jornal O Globo.

Contas rejeitadas
A Justiça Eleitoral reprovou por quatro votos a dois a prestação de contas do governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Estado, a campanha da coligação encabeçada pelo petista gastou mais de R$ 10,1 milhões a mais do que a previsão inicial, de R$ 42 milhões. Além disso, segundo a corte, a prestação de contas não considerou despesas de outros candidatos, partidos ou comitês eleitorais com material que favoreceu Pimentel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De mentirinha
A história fictícia que era contada como verdadeira pelos sócios da empresa de sorvetes Diletto deverá ser modificada, de acordo com decisão divulgada nesta quinta-feira (11/12) pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Na prática, explicaram fontes do mercado publicitário, isso significará que a marca de sorvetes terá de explicitar em toda a sua comunicação — incluindo site institucional, embalagens e campanhas publicitárias — que o personagem não existe. As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.

Disputa por área
O Cemitério do Morumbi está se opondo na Justiça à desapropriação de parte de seu terreno para a construção da linha 17-ouro do Metrô, argumentando que teria que desalojar algumas de suas sepulturas. A disputa foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a administração do local, a obra vai usar 7,2 mil m², onde há no mínimo 15 jazigos. O Metrô diz que se trata de área não edificável, onde a lei não permite que haja sepulturas. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Google News
O Google anunciou ontem que vai excluir veículos de comunicação espanhóis do serviço Google News a partir do próximo dia 16. A decisão foi motivada pela aprovação de emendas à lei de Propriedade Intelectual no país europeu, que instituem, entre outras medidas, cobranças pela exibição de conteúdos protegidos por direitos autorais, como é o caso de jornais e revistas. As informações são do jornal O Globo.

OPINIÃO
Anistia preservada

Em editorial, o jornal Folha de S.Paulo defende a não revisão da Lei da Anistia. De acordo com a Folha, por mais que seus efeitos possam ser repugnantes do ângulo humanitário, sobretudo para os atingidos pela violência ditatorial, a anistia irrestrita é um dos pilares sobre os quais se apoia a democracia brasileira. “Foi sua aceitação pelo conjunto das forças políticas que rompeu o ciclo de retaliações iniciado em 64. Não é sensato nem desejável que compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, determinando que a tortura é crime imprescritível, possam sobrepor-se à soberania jurídica nacional quando se trata das próprias fundações do Estado de Direito entre nós”, diz.

Cidadão comum
Em artigo publicado no jornal O Globo, o desembargador aposentado Aloísio de Toledo César critica os recente episódios envolvendo magistrados e que, segundo o autor, abalaram um pouco mais da reputação da classe no Brasil. Citando o caso do juiz que ficou ofendido com a agente de trânsito que disse que “juiz não é Deus” e o caso do juiz que deu voz de prisão a funcionários de uma companhia aérea após chegar atrasado para o embarque, o desembargador Aloísio César afirma que o poder que é conferido ao juiz tem o sentido de dever e se mostra necessário para a aplicação da lei e do direito, nada mais. “Fora do fórum ele é um cidadão comum e não deve de forma alguma ficar sacudindo sua carteira de magistrado”, diz. Segundo o autor, “não pode haver nada mais perigoso para as instituições do que a desconfiança de um povo nos seus juízes e na Justiça do país”.

Revista
 Consultor Jurídico, 12 de dezembro de 2014, 10h45Topo da página

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